Wednesday, March 25, 2009

No Divã com Mary


Participei de uma promoção em um site quase homônimo do meu, ou melhor dizendo, do qual o meu sem querer querendo é quase homônimo e fui ver a pré-estréia do filme “Divã”, estrelado pela Lília Cabral. Mais uma das agradáveis surpresas do cinema nacional.

Inicialmente gostaria de consignar que Lília Cabral, que sempre admirei como atriz de novelas (pano rápido) é de fato uma ótima atriz e uma SIMPATIA digna de nota. Foi à frente das cadeiras, agradeceu nossa presença.

Enfim, as luzes se apagaram o filme transcorre.

Se você quer a surpresa de ver o filme, pare aqui. Se você é como eu, que não ta nem aí e vá ver de qualquer jeito, continue por sua própria conta e risco.


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O tema é deveras interessante. Mercedes, mulher na casa dos quarenta anos (mais pra cinqüenta eu chutaria) resolve fazer análise. Casada, com José Mayer (como ainda insistem nesse cara como galã, razoavelmente bem resolvida, leva a vida de forma descomplicada. Tem dois filhos adolescentes (que não tem nomes, nem nos créditos aparecem, #FAIL), leva uma vida que considera perfeita.

Chega ao consultório do enigmático Dr. Lopes sem saber o que falar, o que dizer, sem ter um problema para discutir. Ela quer mais conversar. Ou achar problema onde não existe. Já dizia um grande mestre meu: cabeça vazia, oficina do Diabo.

Começa falando da vida, de seu casamento, de sua grande amiga de fatos pontuais de sua vida. O “Lopes” nada fala, uma verdadeira imagem caricata do analista que só falta dormir enquanto o paciente tagarela.

Ela praticamente fala de seu dia a dia a cada seção. Nunca reclama de nada, nunca acha que tem problemas até que dribla com razoável maturidade alguns problemas da vida e ignora outros.

Até que o dia em que duas ligações restritas no celular do marido e uma resposta de “atendo no quarto mais tarde” ela supõe uma traição, fica por isso, não mostra detalhes, ela simplesmente aceita e deixa quieto. “Faz parte”. E o terapeuta? Nada! Ela tira as conclusões sozinhas!

Daí a trama desenrola. Surgem os problemas que ela não tinha. Mas nem sempre ela se convence que são problemas. Arruma um caso com o Gianecchini e leva o cinema aos suspiros.

Detalhe para a cena em que ele diz que todo mundo acha que ele é gay, pois beirando os 40 ainda não casou nem tem namorada fixa. Aham. Cinema inteiro rindo.

E depois ela ainda pega o Cauã Reymond. A cena do banheiro é IM-PA-GÁ-VEL.
Os diálogos com a amiga, a atriz Alexandra Richter são hilários, eu soluçava de rir. A legítima loura mãe de família ciumenta, possessiva e perua, um show a parte do início até o final. Nem mesmo alguns fatos ocorridos no cinema (como um rapaz colando chiclete embaixo da cadeira e cuspindo sem querer de tanto rir na poltrona da frente) conseguiram me tiraram do sério.

Um filme divertido, muitas gargalhadas garantias.

Moral há história?

Não façam terapia. É o melhor de jeito de conseguir os problemas que você ainda não tem.

E ainda tem gente que não me entende...

Mary

Sunday, March 22, 2009

Cantando com Mary


Fim de semana cheio = impossibilidade de postar.

Mas agora, finalzinho de domingo, já passando da hora de dormir ouvindo essa música resolvi dividi-la com vocês.

Por duas vezes já postei falando sobre honestidade e sinceridade, para si e para com o próximo.

Conheci esta por intermédio do alemão louco do blip (@NEB) e me apaixonei, diz praticamente tudo, é o mantra da minha vida nos últimos meses e provavelmente o será pelo resto de minha vida. Ou não. Quem sabe ela não me faz uma grata surpresa?

Honesty

If you search
For tenderness
It isn't hard to find
You can have the love
You need to live
But if you look
For truthfulness
You might just
As well be blind
It always seems to be
So hard to give

Honesty
Is such a lonely word
Everyone is so untrue
Honesty
Is hardly ever heard
And mostly
What I need from you

I can always
Find someone
To say
They sympathize
If I wear my heart
Out on my sleeve
But I don't want
Some pretty face
To tell me
Pretty lies
All I want
Is someone
To believe

I can find a lover
I can find a friend
I can have security
Until the bitter end
Anyone can comfort me
With promises again
I know, I know

When I'm deep
Inside of me
Don't be
Too concerned
I won't ask
For nothin'
While I'm gone
But when I want
Sincerity
Tell me where else
Can I turn
Because
You're the one
That I depend upon

(Billy Joel
)

Um bom final de semana a todos,

Mary

Thursday, March 19, 2009

Irritando Mary: Ônibus


Finalmente um leitor tomou coragem e resolveu se revoltar e me escrever.

O post de hoje é a carta de uma leitora e amiga de longa data, com os devidos comentários da minha parte, sendo o seu objeto de tamanha irritação o nosso caótico e principal meio de transporte no Rio de Janeiro: os ônibus coletivos. Um sistema em franca decadência e que não acompanha o crescimento da cidade. E ainda tem as idéias de jerico dos xerifes maluquinhos, dentre outros para otimizar o sistema e lucra mais e dar mais lucro. Sim, Branca, os ônibus me irritam também. Talvez menos do que a você por uma questão de opção e em parte, sorte.

Meus comentários estão em laranja. Tomei a liberdade de criar alguns parágrafos afinal, você não é José Saramago pra fazer essa loucura de textos sem quebras, vírgulas e parágrafos. Já a pontuação liguei o foda-se ou não ia ter tempo de comentar tudo...

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Fazendo um favor a minha amiga Mary, que mal conhece este estilo de transporte “arcaico” e do proletário, vou escrever minhas visões sobre o mesmo.

*PAUSA*

Ao contrário do que você diz em suas primeiras linhas, “mal conheço esse estilo de transporte” é uma falácia. Eu não nasci em cima de quatro rodas. Tive carro por algum tempo e voltei a ter agora e por MUITO tempo meu meio de locomoção foi ônibus.

Como nunca gostei e nunca tive saco, as escolhas da minha vida foram sempre voltadas a diminuir ao máximo o meu tormento nele.

Vamos ver, minha primeira faculdade foi... UFRJ. E não foi no centro não. Foi na famigerada ILHA DO FUNDÃO. Naquela época, ônibus pela linha vermelha era raridade então... todos os disponíveis iam exclusivamente pela Avenida Brasil, pegando todo o trânsito possível e imaginável numa linha reta.

Você acha que não sonho o que seja transporte urbano porque você me conheceu em 2001, já no fim da segunda faculdade e com dois carros dentro de casa, o que me conferia alguma mobilidade.

Voltemos no tempo a 1994.

Sim, 15 anos atrás eu estava indo pra UFRJ todo santo dia, e tinha aula às 08:00. Sabe que horas eu tinha que estar na Leopoldina? Antes das 07:00. O ideal era 06:30 mas não sou de ferro. 322, 324, 346 eram meus algozes por MAIS DE UMA HORA, e INVARIAVELMENTE EM PÉ. Sim, eu fiz isso durante 3 anos da minha vida.

Pior do que isso? QUATRO-OITO-CINCO (485), essa é a capeta airlines terrestre, o cão do transporte público.

Quente como um inferno, motoristas doidos (andavam em zigue-zague para não reduzir nos quebra-molas), tire um pé do chão e você fica no ar. Lindo né? Pois ele levava mais de uma hora da Leopoldina até a UFRJ.

E de noite, pra voltar? Show de horrores. As aulas terminando às 18:00, nunca saía antes das 18:30 e nunca conseguia chegar em casa antes das 20:00. Com fome, suada, imunda.

De lá pra cá jurei que minha vida seria voltada pra meu bem estar, então, minhas escolhas seriam feitas, em parte, pela logística de minha vida, menor tempo, melhor rendimento.

Eu moro no coração da zona norte. Fico por aqui, pelo centro, às vezes zona sul. Você pode falar ah, preconceituosa, não vai para subúrbio? Digo não, a não ser que o metrô chegue ou que alguém me dê carona. Mas também não vou à Barra. Puro e simples, escolha.

Não gosto de trânsito e não gosto de andar por onde não conheço. Ponto final. Mas continuando...

* VOLTANDO*

Eu como uma grande maioria dos trabalhadores do mundo, utilizam este transporte muitas vezes infernal e totalmente sem noção e perigoso chamado ônibus urbano.

Digo infernal pq quem nunca perdeu um compromisso pq o FDP do ônibus demorou mais que o esperado? Ou passou lotado demais e não parou no ponto? Ou pior, o motorista “andou” pra vc se sacudindo, igual a uma crise convulsiva no ponto de tanto dar sinal pra chamar a atenção do infeliz e ele passa direto, e ainda ri da cara do babaca que tentou fazer ele parar e perder o “tempo “ dele. Sim, pq a grande maioria deles tem “tempo de percurso” e tem de seguir a risca o maldito. Mesmo que signifique deixar alguns infelizes passageiros para trás. E alguém já ligou pra reclamar deles pra ouvidoria das empresas de ônibus? Eu já tentei e nunca consegui.

Pois é. Fica só na musiquinha maledita e eles nunca tem algo de útil a fazer por nós.

Fora que, alguns motoristas se sentem os “donos” da rua. Aí entra o nome perigoso. E coitados dos carros e principalmente motos que tentem ultrapassá-los. E eles estão sempre certos, afinal são maiores e no mundinho deles o maior sempre tem razão. Um dia, estava eu voltando do meu trabalho tranquilamente de cabeça baixa lendo, com o motorista correndo na velocidade da luz com o dito cujo, e de repente surge em cima de mim uma chuva de vidro, milhares de pedaço. Eu assustada, olho para o lado, achando que alguém atirou uma pedra no vidro com raiva pq o bus não havia parado (já vi isso acontecer), porém, milagre......

Os vidros estão intactos. Com cara de retardada maior ainda, e com a maioria dos poucos corajosos passageiros me olhando perguntando se eu me machuquei e a senhora que estava do meu lado com uma criança de colo dormindo também, eu disse que não, que tinha sido só o susto e que eu não havia me cortado.

Aí, o dono da razão (o motorista), começa a xingar o outro do ônibus que vêm atrás, para no meio da rua e começa a discursão: os 2 semi Deuses tavam discutindo pra saber quem estava errado, o meu que passou a 500 por hora ou o outro, que estava manobrando pra sair do ponto e não viu que o outro vinha embalado atrás. Resultado, os 2 retrovisores (do meu ônibus o da porta e do outro o do lado do motorista) simplesmente pulverizados pela força do impacto. E aí descubro de onde veio a chuva de caquinhos de vidro misteriosa. Se eu contasse todas as histórias.....haja blog...

Agora, quanto aos passageiros, também é um capítulo a parte. Fico mortificada com a falta de educação e humanidade de alguns. Tirando os sem noção que viajam escutando música no volume de trio elétrico carnavalesco, as crianças que vêm das escolas e aproveitam a ausência de responsáveis pra fazer bagunça no ônibus (e dependendo da região que o ônibus transita, é até perigoso vc repreender severamente uma criança dessas, pois não saber de “quem” elas são filhos), os pedintes, os vendedores ambulantes com aquele texto básico que todo mundo que anda de bus conhece, os engraçadinhos que tentam se aproveitar do aperto pra apertar as mulheres e até os homens Tb (já vi Tb um cara ser entregue pelo motorista na delegacia, ele era conhecido como o tarado do 485)...bem,é uma “torre de babel” andar de ônibus.

Me engana que eu gosto!. DUVIDE que você consiga ignorar aqueles idiotas ouvindo funk no últio volume e achando que estão arrasando. Eu adoro ouvir música alta, faço isso na MINHA casa.

Por incrível que pareça, assaltos são coisas esporádicas hoje em dia. Afinal, é mais lucrativo vender droga que assaltar um bus e ser reconhecido na rua (há poucos dias saiu no jornal O dia: uma mulher foi assaltada no ônibus quando estava indo pra praia. Quando chegou lá, reconheceu o assaltante na praia tranquilão pegando sol e chamou a polícia e o infeliz foi preso) ou fazer merda dentro do ônibus e quando chegar à favela ou morro ser disciplinado pelos chefes. O que me deixa com profunda decepção são as pessoas que não pensam nos outros.

Vou explicar melhor: alguns dias no mês trabalho em um hospital a noite, e vou pra barra pegar um bus até este hospital pq é mais rápido ir pela via expressa. Até uns 2 anos atrás, a galera da baixada e de municípios ao redor da cidade do rio, se precisasse ir pra barra ou final da zona sul, penava. Tinha de pegar 3,4 bus até lá.

Hoje, por intermédio e olhar lucrativo da prefeitura e de algumas empresas de transporte, já existem ônibus direto da maioria dos municípios que fazem divisa com o do rio de janeiro e da baixada fluminense. E então, quase sempre vejo essa cena. A maioria que o ônibus avança sobre os pontos, ele vai enchendo.

Quando chega nos últimos, próximos a entrada da via expressa, ele está geralmente cheio mas não lotado. E começa a gritaria com o motorista, xingando o coitado e quase obrigando ele a não parar para as pessoas que estão no ponto esperando. Acho um desrespeito gigantesco. Com o motorista que está fazendo o serviço dele direito, e com os passageiros que estão do lado de fora. Afinal, todos querem chegar em casa logo pq no outro dia a maioria tem de acordar de madrugada pra trabalhar novamente.E sinceramente, não é da conta de ninguém o que cada um tem de fazer em casa. Afinal, quem mandou nascer e ser pobre e não ter e não querer estudar e se mudar pra um local melhor? Ou comprar um carro? Ou arrumar um emprego que não tenha de acordar de madrugada pra poder pegar o ônibus?

Ai depende muito. Eu trabalhei em Itaboraí 3,5 anos de minha vida. É mais longe que o Fundão, mas é na contra-mão do trânsito, ou seja.. 40 minutos num frescão mais barato e velz que até a Barra da Tijuca. Isso se chama OPÇÃO, eu podia ter ficado no Rio mesmo, me espremendo no metrô e no busão, me estressando nas ruas cheias mas decidi agarrar uma oportunidade fora do Rio.

Quando fui aceitei o emprego, todos me curcificaram a família inclusive: louca! Vai pagar pra trabalhar! E ainda por cima na puta-que-o-pariu? Num lugar pobre, cheio de gente pobre e miserável, onde não tem um comércio decente nem nada? É isso aí, Itaboraí, onde fui trabalhar.

Local mais pobre que conheci na vida, mas uma pobreza diferente da favela. Trabalhadores rurais, gente honesta, humilde que não tem grana pra um busão e anda A PÉ. Que aceita 1 real pra capinar meio fio um dia inteiro. Ali vc não vê esse povo obeso que se diz "pobre" e que lota os coletivos pedindo esmola pra encher o rabo de refrigerante e biscoito.

Você vê gente em PELE E OSSO que vibra quando acha um pé de mandioca no meio do mato, acha uma galinha perdida, fruta ou coisa parecida. Ele não tem IPOD, nem celulares, nem telefone, nem água encanada, muitas vezes nem luz. E são educados. SEMPRE.

Logo não tenho nada contra pobre e contra pobreza. Tenho contra gente favelada. E por favelado não entenda quem mora na favela, mas quem não tem educação, não tem noção e não tem consideração pelo próximo.

Hoje em dia as ilustres senhoritas e senhorito que me criticaram aprenderam por A+B que a verdadeira Puta-que-o-pariu fica é na Barra da Tijuca...

Mas, existem algumas boas almas nos ônibus. Já vi motoristas estacionarem os ônibus pra ajudar passageiros idosos e deficientes, alguns educados que falam bom dia e boa noite. Que são atenciosos quando os passageiros lhe fazem alguma pergunta sobre o trajeto...

Sim existem, e pra esss eu dou os meu sorrisos e agradecimentos, an entrada e na saída. Sempre. Por que gentileza gera gentileza.

Eu mesma durante a faculdade utilizei por dois anos um mesmo ônibus nos mesmos horários. Conheci todos os motoristas e trocadores desse período. Muitas vezes eu voltava dormindo, e eles me acordavam quando estava perto do meu ponto. Já fui até uma vez repreendida por um porque não peguei o ônibus no horário e ele ficou parado no ponto, me esperando por 10 minutos achando que eu estava atrasada e pra impedir que eu perdesse o último ônibus e tivesse de pegar outros 2 pra conseguir chegar em casa.

E passando só por “pontos famosos” do rio: Parada de Lucas, cidade alta, pavuna, acari, complexo do alemão, jacaré, .... E eu estudava na contramão da maioria da população. Eu moro no centro do Rio e estudei na baixada, porque no meu curso a melhor universidade particular ficava exatamente lá.

E agora saio também em defesa dos mesmos. Estes microônibus ou os micrões (que se não me engano estão numa disputa judicial com a prefeitura por conta do numero de lugares) são uma tentativa de assassinato. Do motorista e do passageiro. È um absurdo obrigar o motorista a exercer duas funções, trocador e motorista.

Concordo em gênero número e grau. Querem fazer economia com a cartola alheia. Tiram o cobrador, aumentam a obrigação do motorista. Aumentam o salário? DUVIDO.

Cadê as leis de trânsito? Sabe aquela que diz que o motorista tem de manter as duas mãos ao volante, com exceção da hora da troca de marcha? E a que diz que o mesmo tem de manter constante atenção a sua frente e aos retrovisores? Pra que fazemos aquela PORRA de aula chata e maçante, como um purgatório antes de conseguir passar pelos carrascos do DETRAN e tirar o tão sonhado passaporte de liberdade (vulgo direito de ir e vir e Tb conhecido como carteira de habilitação)? Quer ver como é? É só pegar um deles. Ainda mais se estiverem atrasados no “tempo de percurso”. Eles pegam o dinheiro da nossa mão, dirigem, passam a marcha, conferem o troco, TUDO AO MESMO TEMPO!!!!!!!!!!!!

Um absurdo e falta de respeito, com eles e com a gente. Atrasam o trânsito e ainda aumentam a chance de acidentes. Acho que seria válido em pequenos circuitos, mas não é o que te sido feito.

E o passageiro em pé, se segurando como pode pq a trava eletrônica não deixa ele avançar pra dentro do coletivo e se ele fizer isso antes do pobre coitado do motorista conferir o valor da passagem, ele pode estar arrumando um problema. Afinal, não tem como o motorista dar o troco depois de passar, pela distância e tem muito engraçadinho (que é o máximo da pobreza) que dá o valor errado de sacanagem.

Outro dia, voltando à noite, cinco ótarios vindos da farra na rua, obrigaram o motorista a os deixareles passar. Foi a maior confusão. Eu me conti pra não entrar nela e dar uns sopapos nos marmanjos. Afinal, se falta dinheiro no caixa, o motorista paga. Ele falou isso pra eles, e eles riram na cara dele, querendo tirar onda. Ainda bem que faltavam apenas dois pontos, pq a voz deles me irritavam. E ainda tentaram me cantar. Eles não sabem o perigo que correram.... Rs.

Bem, seguirei após dando meus comentários sobre os outros meios de aborrecimento, ops, digo transporte da cidade.

Branca.

Pois bem Branca, ei-lo. Parabéns por ter sido a primeira a se irritar publicamente e sem medo de ser feliz. Por para fora só faz bem.

Mary

PS: Perdoem a duplicidade.

Wednesday, March 18, 2009

TPM Reminder


Amiga mulher, sua TPM é devastadora? Você perde as estribeiras? Parece uma tsunami na hora e alguns minutos depois nem lembra que passou? Nem por onde seu namorado fugiu?


Seus problemas acabaram! Se você souber inglês, claro!


http://pmsbuddy.com/


Algum gaiato (mas gênio por sinal) inventou um serviço, simples, descomplicado e com versão gratuita, o PMS reminder.


Pra quem ainda não entendeu P(re) M(enstrual) S(yndrome).


O aplicativo é de uma simplicidade absurda: você informa a sua última menstruação, a duração média do seu ciclo e, quando está se aproximando, ele dispara um email “informativo” para os homens da sua vida, informando que aqueles dias estão chegando.


Assim eles tem como se preparar para não serem pegos desprevenidos. O site inclusive sugerem pequenos agrados para amenizar o sofrimento e transtorno que a TPM traz para nós, seres do sexo feminino, como flores, chocolates, bichinhos de pelúcia, jóias. Só faltava Ferraris mas tudo bem.


Pena que pra mim não serve. A minha menstruação vem quando bem entende: ora adianta, ora atrasa, tudo pra estragar minha rotina e planos. E detalhe: a TPM só começa quando a menstruação vem. Lindo né? O bonitão que me aturar vai ter sempre uma caixinha de supresas. Comecei a chorar, já sabe.


Enfim, recomendo! Depois não diga que não avisei.


Mary

Tuesday, March 17, 2009

Freaky Tuesday!!


Pois é, depois de todas as furadas de sexta-feira 13 e o sábado seguinte, hoje fui emplacar meu carro.


Cheguei cedinho, 08:15 e ao contrário do que disseram, demorou HORRORES.


Quase 10 da manhã a placa foi entregue na mão da menina que ia emplacar meu carro.


Eis que a mesma olha para as placas, olha para o carro, olha para as placas de novo, olha para mim, aflita e pergunta: onde estão os parafusos?


Que parafusos? Não é tudo com esse cabinho aí não? Não ela explica. Preciso dos parafusos. E o DETRAN não tem pra fornecer? Nem pra vender? Não. Só serve o da fábrica.


Pego a nota fiscal e ligo SURTADA para o vendedor que pede 1 zilhão de desculpas pelo ocorrido e diz para que eu vá para a agência da Tijuca, do lado da minha casa (observação: não comprei lá pois não tinha nenhuma COR que me agradasse).


Peguei o carro, PUTA da vida e fui pra lá. Ainda tive que agüentar a ironia do gerente:


- Se tivesse comprado aqui isso não teria acontecido...


- Se você tivesse carro na cor que eu queria eu certamente não teria comprado em outro lugar!!


Fui embora, entreguei na mão do meu irmão, orientei a procurar a mesma pessoa que tentou emplacar o carro e deixei a documentação com ele.


Ele me deixou no trabalho e foi lá. Me ligou há 10 minutos.


Acabou, carro emplacado com sucesso. E placa final 9.


Mary

Freaky Saturday - Continuando a Freaky Friday


Acho que esqueci de falar sobre o sábado não é? Pois é.


Murphy é todo poderoso e infortúnios não faltarão.


Chego sábado na Ilha do Governador para emplacar o dito cujo, único reduto que conseguiria fazê-lo com a documentação sem o diacho da autenticação que cobraram a partir de sexta.


Quase 10 da manhã, lá estou eu na entrada da Ilha, um trânsito INFERNAL. Os sinais estão doidos, é a primeira coisa que percebo.


Chego no DETRAN, embico o carro e a mulher olha pra mim com cara de tristeza e informa: moça infelizmente hoje não vai dar. Por causa da chuva de ontem estamos sem sistema e pra fazer emplacamento só com ele funcionando.


PQP?


Como se tal não bastasse, saindo dali nem o insufilm consegui colocar. Acho que todo mundo que não consegui emplacar pensou na mesma coisa que eu. Mas consegui colocar o rádio. Pelo menos isso.


Mary

Monday, March 16, 2009

Madame Mary lê o futuro

Estava eu sentada esperando meu atendimento no consultório do dentista. Como vai demorar bastante, pego uma daquelas revistas típicas de consultório (Caras, Contigo, etc) e começo a folhear para me atualizar sobre os acontecimentos no mundo banal.
Eis que me deparo com a notícia: Angelina Jolie flagra Brad Pitt fazendo massagem na babá dos filhos gêmeos. Faz um barraco monstruoso e assusta as crianças.
Deixo registrado para os anais das previsões charlatãs que se isso der em divórcio, não dou 6 meses para ele se separar e voltar pra mala da Jennifer Aniston.
Que milagrosamente aparecerá engravidá-la alguns meses depois. Ou melhor dizendo, ela vai "engravidar" dele de forma involuntária.
Da parte dele, claro.
Mary

Friday, March 13, 2009

Freaky Friday


Sexta-feira 13 pra mim sempre foi um dia qualquer.

Coisas boas já aconteceram pra mim em Sextas-feiras 13. Inclusive no mês de março.

Mas hoje está anormal. Começa que quando eu estava bem no MEIO deste post... o Mozilla fecha do nada e quando reabro... nada salvo. Isso deve ser porque não tenho fé, e só Jesus salva (ha ha ha diriam os piadistas retardados ao meu redor). Mas tudo bem, lá vamos nós.

E hoje em tese é um dia especial. O dia da minha libertação, da minha alforria. E antes que alguém pergunte, não, não estou saindo de casa, não terminei namoro, nem me divorciei, também não estou enterrando a sogra hoje.

Depois de muitos anos, finalmente me permiti um antigo sonho, que há muitos anos venho adiando: um carro! Liberdade para ir e vir, viajar, agora nada me segura, nem aquele cachorro velho que mora comigo. Meto a mala na mala e sumo!

Ms enfim, depois de uma semana estressante (contarei em outro post) achei o carro dos meus sonhos (ou quase já que não tem vermelho nesa droga de cidade) e lá vou eu, hoje, buscá-lo.

Estou tensa a semana inteira, contando horas. Resolvendo papéis, seguro, toda aquela bur(r)ocracia afinal o rapazinho é virgem... enfim.

Amanheço hoje, tensa, nervosa, suando frio. Dor na barriga. Algo estranho pra que nunca ficou assim nem com namorado, apesar de ter achado que todos eles eram o amor da minha vida. por uns 3 meses no máximo.

Saio da cama para ver as horas e antes disso aparece o calendário: sexta-feira 13.

Levanto e resolvo: acho que vou malhar pra dar uma relaxada. Quando estou por sair e vejo meu cachorro me olhando com cara de piedade "eu sei que você me leva depois mas me leva agora" e penso não posso atrasar e ele está acostumado.

Quando encosto a porta só ouço aquele sonzinho... abro a porta e ele está lá, parado, pernas abertas e o xixi caindo e a típica expressão: não deu... volto, cubro tudo de jornal, seco voando e saio pra academia. Agora ele TEM que aguentar.

Hoje estou razoavelmente mau-humorada por causa de tensão. Já saio pisando duro e nem respondo a piada sem graça do porteiro com o tradicional vai à... mas enfim saio e vou pra academia. Me esforço pra não fazer cara feia das piadinhas tradicionais da professora que deveria estar animando meus ânimos. E tensa pois estou ficando resfriada e o naris começando a escorrer me enlouquece.

Acabo a aula, vou ao banheiro lavar o rosto e... vejo a cena bizarra. Uma daquelas coroas dondocas que adora expor o corpitcho em roupas ridículas está usando o banheiro de porta aberta!. Faço expressão de que não vi e ela ainda se explica: desculpa é que está tanto calor e aqui está tão abafado!

Encosta a porta e dá descarga uma vez, duas, três... é isso mesmo que você está pensando! E de porta aberta é FODA!

Mas enfim, vou malhar e não adianta muito. Tensa.

Chego em casa, levo o dog na rua, volto, BANHO. Abro o chuveiro, lavo a cabeça e... cadê toalhas? Shampoo? Minha faxineira se recusa a guardar as toalhas no banheiro e a deixar shampoo no box e lá vou eu molhar a casa inteira. Chegando no banheiro um tombo BÁSICO. Beleza, agora tenho um hematoma na bunda no mínimo.

Me arrumo e começo a catar minha papelada loucamente. Não, ela não pode deixar os papéis onde estão, ela TEM que tentar advinhar aonde guarda!!

Acho as coisas a saio batendo a porta de casa e quando estou quase no trabalho... esqueci o celular. MERDA. Tenho que voltar em casa e lá vou eu.

Enfim, faço um novo checkup na bolsa inteira, papelada, respito fundo e saio de casa.

Chego no trabalho. Hoje tme festinha e chá de bebê e, pra fazer graça, colocam tudo no cafofo mais apertado pra parecer mesmo um curral cheio de doidos famintos. Assim que passa a primeira leva, faço um sanduichinho, pego um pedaço de bolo, coca-cola e volto pra minha emsa quietinha e deixo o povo confraternizar. Tá confesso, volto e pego mais eu tô com fome e ansiosa.

Daí a pouco chega meu chefe na mesa, sério e diz:

- Olha sabia que qauando você vai à motel eles anotam a placa do seu carro?

- E daí?

- Aproveita que o seu tá sem!

Não creio. Não creio. Não creio.

Conto os minutos pra chegar a hora de ir e... a carona ATRASA. Que RAIVA. MORTAL! Não vou emplacar esta merda hoje!! Merda não, o amor da minha vida!

Mas ele chega, partimos correndo, lá chegamos. Ele está me esperando, E pisca pra mim!!

Entro nele, faço testes, pego as explicações.

Na hora de ir embora, pegando a papelada pro emplacamento... ah mudou a regra! Como assim? Pois é, agora tem que ter cópia autenticada do contrato. Hum deixa advinhar vcs não tem essa cópia? Não e nem o contrato ele responde. Ahhhhhhhhh ficando vermelha....

Ai ele pede um minuto, faz umas ligações e diz que o contrato está em outra loja ali perto e CORRE para buscar o dito cujo mas não está autenticado. Eu fico ROXA. Não vou sair com o carro dando na pinta que é novo.

Nervosa, decepcionada, cabeça baixa, é a sexta-feria 13 só pode!

Alguns minutos depois o vendedor me chama: na ilha dá pra fazer "à moda antiga" mas tem que ser amanhã! Tô dentro!

Pego a chave trêmula, dou a partida e... rumo à liberdade!

Nem o trânsito medonho tira meu humor agora. Chegando na Leopoldina faço mil planos: pra onde irei mais tarde? Eis que começa a cair umas gotinhas...

Acelerei ate em casa e foi só chegar pra cair o dilúvio. Espero que não alague o Rio de Janeiro. Afinal, até onde sei seguro não cobre afogamento.

Amanha será um dia cheio.

Mary

Thursday, March 5, 2009

Rir para não chorar...

As 3 fases na vida de um homem...

SOLTEIRO


CASADO


DIVORCIADO...


Obrigada Tatiana, estava precisando rir hoje.

Mary

Tuesday, March 3, 2009

Amor, paixão, cumpicidade, sinceridade: Cadê vocês?


Amor, sempre ele, tema recorrente na minha vida.

Sim, Mary tem sentimentos. Ama, chora, sofre como qualquer mortal.

Ela se relaciona e tenta fazer isso da forma mais transparente possível.

Sinceridade com os outros, consigo mesmo, com a vida. Onde ela anda?

Sim, este é mais um daqueles post reflexivos que você costuma ler por aí, o clássico, pós-quebra-de-um-possível-relacionamento. Só que aqui eu não escrevo choramingos nem lamúrias. Faço auto-análises críticas para expiar minhas dúvidas, culpas e seguir em frente.

Com o passar dos anos e o término do meu último relacionamento de fato e de direito por assim dizer, posso dizer que, de certa forma, sofri algum tipo de mutação. Sim, mutação, pois o que tem acontecido comigo definitivamente não deve ocorrer com pessoas que são nativas deste mundo.

Eu custo a me apaixonar, mas quando isso ocorre, jogo de cabeça. Se é pra ser, que seja direito. Só sei ser assim. Não espero recíproca, mas tolerância, até porque a velocidade de homens e mulheres nunca coincide. E sou do tipo que prefere não ter a ter pela metade.

Só que por mais que eu goste e me sinta bem quando estou com a pessoa, se a postura dela longe de mim não me dá segurança... eu não me sinto bem. Isso me deixa angustiada e quando isso acontece eu forço a barra mesmo para até a pessoa tomar uma posição ou romper.

Sim de propósito. E não me tranco em casa afundando em depressão por dias, semanas, meses. Me concedo no máximo um dia de luto.

Acho que se a outra parte se importa com você e quer estar contigo ela deve fazer um mínimo de sacrifício. E isso não significa te ver todo dia, ligar loucamente, mandar um milhão de emails. É saber que com gestos simples se faz presente e se preenche a necessidade de uma pessoa. Oi, Bom dia, boa noite, como foi seu dia no final de um dia estressante fazem milagres e arrancam sorrisos até mesmo do mais massacrado dos seres humanos.

Quando isso ocorre e a pessoa não entende, invariavelmente, fico triste, frustrada. Sinto falta dela, mas sinto alívio. Acaba o tormento puro e simples. Choro uma noite para no dia seguinte estar bem. Minha cota de sacrifício tem limites e certas coisas eu não consigo tolerar como ausência, silêncio, dúvidas.

Às vezes você escuta algo do tipo: vamos devagar, com calma, só que tudo é relativo. O meu devagar com calma pode não ser o mesmo da pessoa, e aí? Sou ótima para trabalhar com limites, desde que eles existam e sejam bem definidos. Eu sequer atravesso fora de uma faixa de pedestres, como sustentar uma relação com limites invisíveis sem ultrapassar os SEUS limites?

Há anos que não corro atrás de ninguém. Não me exponho, não sorrio, não me mostro. Não me coloco à disposição do "mercado". Fujo. Desde então, todos os relacionamentos que tive nasceram por causa de pessoas que vieram atrás de mim, por qualquer motivo que seja. Isso porque eu dificulto. Aterrorizo mesmo, falo logo todos os meus podres, que pra mim não são podres mas para homens. Digo até mesmo que ronco, hoje em dia até com mais orgulho, depois que descobri que seres roncadores sobreviveram na seleção natural, o que me torna um ser "superior".

Louca? Não. Seleção.

Muito fácil para o homem se encantar pro uma moça bonita. Mas nenhum se arrisca, por mais bela que ela seja, se ela for mau-humorada. São poucos os que se atrevem a tentar desenterrar um pouco mais sobre ela. Poucos realmente se importam em conhecê-la, e menos ainda são aqueles que se dispõe a entendê-las. São pessoas como esses últimos que acabam namorando comigo.

Obviamente nenhum deu certo afinal, não estou com mais nenhum deles, mas foi bom enquanto durou. Terminou por diversos outros fatores, afinal, um relacionamento não subsiste somente de amor e de atração, existem variáveis diversas a serem equacionadas para que o amor seja viável: planos, sonhos, rotinas.

O que me choca, às vezes, são as promessas vãs que se faz para conquistar alguém.

Imagine uma pessoa que não esconde suas carências, seus anseios, seus medos, suas necessidade de atenção, seus sonhos. Eu sou assim, eu digo mesmo e sou cara de pau, quando a pessoa se engraça um pouco mais, dando a entender que quer tentar "algo": olha só você tem certeza do que você está dizendo? Mesmo sabendo que eu sou como sou? Você vai encarar mesmo?

E ainda faço a pseudo-ameaça de que tenho tudo registrado em txt em desfavor do ilustre candidato que invariavelmente transmite confiança e medo algum de encarar o rojão que lhe é proposto. Ninguém dá para trás.

O contato é diário, mensagens diariamente a qualquer hora do dia. A pessoa conhece seus horários, sua rotina. Aparece nem que seja pra dar boa noite , não dorme sem essa. É capaz de conversar com você por horas a fio, inclusive em horários em que sabidamente não deveria estar fazendo isso, mas o clima acaba permitindo o deslize.

Aí acontece, tudo é um sonho, encontro atrás de outro, sorrisos, ligações, pequenas promessas. Acaba o feriado e volta-se a rotina. Não será como antes, afinal, a conquista se concretizou, hora de colocar o pé no chão certo? Contato sim, mas vamos pegar leve, afinal, somos adultos, trabalhamos, temos responsabilidades.

Só que de repente a coisa parece fria. O contato some, do nada. Final do dia, uma ligada pra saber se está tudo bem (está sim, claro, tive um dia enrolado!), alguns poucos minutos depois a ligação termina. Infinitamente menos do que era na fase pré-conquista mas OK.

Só que isso se repete ao longo de uma semana inteira e eu não abro a boca. Fico na minha. Na quinta a pessoa fala sobre sair na sexta, ótimo. A gente combina amanhã. E no "amanhã", quase na hora de ir embora, manda a gracinha: "até segunda". O sangue ferve mas antes que possa explodir vem aquele sorrisinho de "estou brincando", combina-se algo, derreto por dentro e tudo fica certo. O final de semana transcorre perfeito. Como a vida deve ser.

O mesmo se repete na semana seguinte e eu começo a me sentir estranha. Tudo bem que o contato anterior era excessivo, mas a falta dele me incomoda e eu não me sinto à vontade para ligar, então, mando um email aguardo retorno, fico na minha. Um dia inteiro sem contato.

Dia seguinte a pessoa aparece, conversa amenidades e fica por isso mesmo. Fala de sexta, por mim OK. E passa a semana assim, agonizante, me torturando, querendo entender. Já tomei mais iniciativa do que gostaria. Passo o fim de semana ainda tensa, relaxo um pouco, mas quando a semana recomeça... volta tudo. Não dá, simplesmente não dá.

Tento expor o que estou sentindo e a pessoa me diz que devemos ir "com calma" e eu pergunto com calma quem cara pálida? Acaso estou pedindo mais do que disse que poderia pedir ou precisar? Defina calma, defina limites. Ele diz, vamos vivendo, um dia de cada vez, quero estar com você. Quero te conhecer, não tem outra pessoa em minha vida, fique tranquila.

A agonia me tira a fome, o sono, a tranquilidade. Quero entender o que houve. Não consigo falar, não consigo me expressar. Passo uma segunda feira horrenda, cheia de dúvidas, completamente angustiada e desconcentrada. Decido: hoje eu vou desabafar.

E desabafo. Espero ele entrar em contato e exponho tudo: quais eram as minhas expectativas e as expectativas que ele gerou. A situação que tínhamos antes e a que vivíamos agora, o que eu esperava e tudo mais. E que ir devagar não era um problema, mas que eu precisava defiinr limites, saber até onde podia ir pra me sentir tranquila.

"Eu gosto de vc, adoro estar contigo, mas sinceramente não sei se estou pronto ainda". Pronto para quê? Pra sair com alguém e conhecer? Então como vc comete a loucura de sair com alguém como eu, sabendo como sou? Não deixei claro? "Sim, você deixou claríssimo! Você é encantadora, não consegui não tentar, mas não posso dar o que você quer". Então porque tentou diachos? "Não sei. Acho que não estou pronto para você. Talvez não esteja pronto para ninguém." APLAUSOS!

Queria entender como não consigo sentir raiva. Avisei que deletaria meus acessos, mas que ele continuaria tendo acesso a mim. E só fiz isso pois ele demonstrou mais dúvida do que falta de sentimento, mas tenho minhas dúvidas. Só não avisei que o "acesso" não duraria mais que 72horas, tempo máximo que meu coração aceita retratações. E eu não mando mais recado, não dou notícia, não ligo, desapareço da vida da pessoa mesmo.

Chorei, chorei muito. Conversei com n amigos (obrigada amigos!), desabafei, chorei de ficar com olhos inchados, queria entender. Isso antes da conversa derradeira.

Eu gosto de atenção, não nego. E eu PRECISO me comunicar. Seja por telefone, por mensagem, bilhetinho, fax, eu sou um ser que se comunica. A pior coisa que pode me acontecer é me isolar do mundo das pessoas. E a coisa que mais me machuca e enlouquece é o silêncio.

Quer por suas chances comigo abaixo? Fiquei um dia sem falar comigo sem um justo motivo. Eu desmorono, perco meu centro, me perco. Coloco tudo abaixo mesmo em prol da volta da minha sanidade mental.

Acho ridículo pessoas que se rastejam, correm atrás lamentando, rastejando, ainda mais quando ouvem um : eu não gosto de você ou eu não te quero mais. Eu mesma sofro até hoje com um que me persegue, mesmo depois eu tendo feito de tudo para deixar claro que tinha morrido. Ignoro ele há MESES e ele continua mandando recadinhos.

Aliás, ele passou por mim ontem na rua e me viu. Antes da conversa derradeira. Às vezes não me pergunto se não foi ele de novo. A maldição. Como se fosse um gato preto atravessando a minha vida.

A única pergunta que não quer calar é o porquê dessa diferença na mecânica da paixão e amor de homens e mulheres. Mulheres apanham, apanham mas estão sempre abertas a começar de novo, querem o relacionamento, querem arriscar e se não der termina. E eles com medo de sequer começar. E depois se dizem o sexo forte!

Só sei que acordei hoje com o coração frio, a cabeça idem. Tomei meu banho, me arrumei, fiz tudo como de costume, cheguei mais cedo ao trabalho e resolvi escrever. A angústia se foi. Os medos e as dúvidas idem. Não senti falta dos telefonemas nem de receber emails dele. Minha vida segue.

É o fim. Ou um novo começo.

E como dizem que no Brasil o ano só começa depois do carnaval... Feliz ano novo.

Atenciosamente,