Thursday, July 8, 2010

E ainda perguntam porque não gosto de médico...


Imagine você aí, da poltrona, não estar conseguindo dormir ou tem um problema qualquer de saúde, que necessita de um razoável acompanhamento médico. Vc volta de férias e descobre que seu médico, até então super atencioso resolveu fazer o mesmo - e logo depois de vc. E com isso um hiato de 7 semanas separando sua ansiedade pela melhora de uma ansiedade maior.

Chega o dia, vc vai no médico e ele não é caloroso do jeito que costumava ser. E depois das férias?

Mostra o exame, ele resmunga algo do tipo "eu já sabia" e diz que o problema não é mais dele, assim, sem mais. Não pergunta como vc está, como foid esde a última consulta, se ainda tem remedinho, se funcionou, se não. Escreve o nome do médico no verso do exame e chama o próximo.

Podem me chamar de fresca, mas médico tem que ter um pouco mais de dignidade com o paciente, ainda mais quando ele sabe exatamente a merda que é passar por algo que ele trata. 3 minutos de conversa separam esse atendimento sofrível e desumano de um atendimento decente. 3 minutos.

Chorei MUITO no caminho de volta para o trabalho. Passei 4 semanas ansiosas desde a volta das férias (sem contar durante as férias) pensando no que ela ia falar do exame, qual seria o tratamento, quando eu ficaria boa e tudo por água abaixo. Sequer deixou eu perguntar se eu podia voltar a malhar. Foi lastimável.

Ante a falta de alternativa, liguei, já esperando a facada certeira: 300 reais E, como plus, a indicada entrava de férias na quinta. Me controlei pra não surtar no telefone contra a pobre atendente até convencê-la a arrumar um encaixe, ante minha pífia condição de abandonada e em crise - e consegui.

Dois dias depois estava lá no consultória da mesma. Ainda não me convenci se ela era isso tudo não, mas me pareceu competente. me ouviu, me deixou falar, fez várias perguntas. Só deixou a desejar no tocante a um dos exames que viu, pois sou alérgica e ela achou que podia ter relação, mas achou "melhor" só fazer o exame depois da segunda consulta. O que garantiria uma terceira, penso eu.

Me disse que emagrecer não era imprescindível mas ajudaria. Liberou exercícios mais pesados mas só depois que eu conseguisse dormir 6 horas pelo menos. E eu mal durmo 4.

E me passou outro remedinho. Me deu uma caixa inclusive que dá pra quase 2 meses. Outro coleguinha pra tentar me fazer dormir melhor. Fiquei aliviada de ver que não era tarja preta. E, pra não neurotizar como sempre, peguei a bula e joguei no lixo.

Dormi um pouco mais essa noite, 5 horas pra ser mais exata. Mas não consegui pegar no sono de novo. Curioso que foi SÓ eu levantar e ir pro trabalho que fui dominada por um sono cruel, de ficar tonta. Rezei pra não ser efeito colateral do remédio, apenas cansaço, e antes do almoço já tinha passado.

Agora é viver a vida. E rezar pra ver se dessa vez pega.

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