Sunday, May 23, 2010

Resoluções de férias


Pois é.

Apos uma pane, alguns dias no estaleiro, entrei de ferias. Pra minha sorte, o que aumenta minhas chances de melhorar mais rapido.

Mas nada de melhora ainda. Tive dificuldade para dormir no vôo e achp que so consegui porque chutei o balde e tomei um vinho. Algo insensato ante o remedio que tinha que tomar, mas, whatever. Funcionou. Tambem dormi pouco na outra noite, mas faz parte. Vai passar.

Nessas duas noites mal dormidas refleti sobre coisas que talvez seria bom mudar em minha vida.

Não tenho motivos para ficar stressada. Aborrecimentos acontecem, mas stress não.

Preciso emagrecer. Ganhei 12 quilos em um ano e so perdi 1 ate agora. Mas como com 12 quilos a menos e, em tese magra não me sentia bem, pra que perder tudo? Decidi que quero perder apenas 7 dos 11 quilos que faltam. E uma grama para ficar abaixo dos 60 quilos. Devagar. Ate o final do ano. Acho que da um pouco mais de 1 quilo por mës (junho não conta).

Quando voltar a dormir normalmente, quero voltar a ver meus seriados. Perdi o habito por causa de um mane que me atormentava. Rotina pra alguns e chato mas eu preciso.

Vou voltar pra Yoga. Ja larguei as aulas na faculdade, ja posso fazer algo duas vezes por semana à noite. O futebol pode esperar.

Preciso ficar um pouco mais em casa. Na minha casa. Tenho ficado demais na casa do meu namorado, muitas vezes ajudando ele e não me ajudo. Claro que quero estar com ele, mas ele precisa frequentar mais a minha casa. Afinal, tenho um cachorro e ele também precisa de mim. Daqui a pouco é capaz de me estranhar quando chegar em casa.

Correr mais, preciso. Não por emagrecer em si, mas pelo prazer que descobri que isso me proporciona. Nem que sejq uma vez na semana. Nem que seja so.

Preciso aprender a concluir as coisas que abro: pastas de dente, shampoo condicionador, creme. Sempre jogo fora antes do fim por ansiedade e depois me arrependo. Sabe aquele lance da borracha nunca acabar? Pois é. Começarei pelo creme hidratante que trouxe e que comprei ha dois anos e meio e esta na metade.

Não terminar o que começo me irrita. E MUITO.

Alias, PRECISO me habituar a usar creme. Afinal não tenho mais 20 anos. E tem que ser todo dia. E não comprar mais enquanto ainda tiver. E quando acabar, me lembrar que creme pra mim tem que ser o mais grosso.

Então é isso. Desabafo feito.

E antes que me encham o saco com a falta de acentos, estou em um pais cujo teclado é diferente e não achei o acento agudo ainda. So acentuo o "e" minusculo porque tem tecla propria.

E e isso. Au revoir.

Wednesday, May 19, 2010

Alguém viu meu sono por aí?


Ele não voltou.

Há quase 3 semanas que não durmo direito. Acordo no meio da noite às 3, 4 da manhã, às vezes antes. Férias chegando e nunca estive tão esgotada. Uma noite passei inteira em claro e no dia seguinte surtei. Chorava, não conseguia ficar calma.

Graças a São Google descobri que a solução se chama Neurologista. Ok fui lá: 2 exames bizarros, um remedinho pra dormir, outro pra ansiedade.

Definitivamente não gosto dos novos "amiguinhos". Continuo acordando antes das 4 da manhã. Mas já consigo fazer isso sem entrar em pânico ou chorar.

Amanhã vou lá conversar com a médica de novo. Insônia azedando minhas férias no way.

Aposto que isso é olho grande de alguém que enche a boca pra me zoar porque eu sempre dormia cedo e fácil, em qualquer lugar. Mas vai ter volta. Aguardem.

Se alguém conhecer alguma daquelas senhoras que dizem que traz a pessoa amada em 3 dias, pergunta se ela faz simpatia pra trazer o sono de volta e amarrar ele.  Pago bem.

Sunday, May 9, 2010

Mary à beira de um ataque de nervos


Porque será que às vésperas de entrar de férias eu entro em crise emocional? 

Stress, imunidade baixa. Fico doente direto, uma coisa diferente atrás da outra. Mais agitada que o normal. Mais ansiosa que o normal. Acho que minha falta de sono só pode ser isso agora.

Durmo cedo, mas acordo às 3, 4 da manhã. E depois passo o dia caindo pelas tabelas. 

E como tudo vem à tona nessas horas e eu choro por qualquer besteira, reclamo de tudo, o dileto namorado que ainda não me conhece tão bem quase entra em parafuso, preocupado demais, dizendo que eu tenho que fazer terapia, que me cuidar, e tentando resolver em horas meus 33 anos de existência. 

O que me acaba me deixando mais estressada. Sorte dele que, curiosamente, não sinto vontade de esganá-lo, nem de sair correndo. Me sinto razoavelmente tranquila, mesmo sabendo que ele vai me encher, mas com a melhor das intenções.

Espero que as férias cheguem logo e essa palhaçada chegue ao fim, antes que eu surte. 3 semanas longe de tudo, descansando e namorando tem que curar qualquer coisa.

Se eu estiver reclamando depois de 14 de junho, me internem. Eu autorizo.

Thursday, May 6, 2010

Mãe?


Todo ano é a mesma coisa. Natal, aniversário, dia dos pais, dia das mães. É sempre stress, aborrecimento. Datas que todos curtem mas eu nem tanto.

Natal é aquela zona, todo mundo discute, você não fez isso, vc deixou de fazer aquilo, eu fiz tudo você não ajudou. Melhor época para reunir a família e falar de coisas agradáveis e as pessoas discutem por causa da porcaria da ceia e pra falar mal da namorada do filho ou do genro, enfim, um saco.

Aniversário é algo que eu praticamente tenho vontade de deletar do calendário, já que TODO ano nos últimos anos rola stress. Durante ANOS meu pai tinha um diacho de uma viagem com os amigos de futebol que invariavelmente caía no meu aniversário e não podia ser mudado. Isso porque era marcado com dois MESES de antecedência. Ou então minha mãe tinha casamento, bingo, chá de panela, o que quer que fosse.

Dia das mães e dos pais é outro saco, pois eles há anos cismam de almoçar no mesmo lugar chato. Que eu odeio, mas vou, mas o babaca de meu irmão se recusa a ir, aí rola choradeira, troca de acusações e eu que não tenho nada a ver ficou ouvindo a choradeira e dá vontade de ficar em casa. E a cada ano que passa torço pra esse dia passar logo.

Nos dois últimos anos minhas férias eu marquei emendando com o feriado em abril e, por isso, acabava que eu voltava no domingo do dia das mães e me safava dessa. Trazia o presente dela na segunda, a gente sa falava rapidinho e eu ia dormir. Mas sem stress.

Esse ano não vai ter salvação pois eu AINDA vou entrar de férias. E lá vou eu pro almoço chato ouvir choramingos e reclamações. Pelo menos agora eu tenho carro posso ir, almoçar e voltar correndo e não preciso ficar na parte "dançante" com aquela pessoa bizarra tocando tecladinho. E ninguém avisa ao coitado que os anos 90 acabaram há mais de uma década.

Como se tal não bastasse, aqui no meu trabalho tem o temido "mural" de fotos. Todo mundo da gerência tem que trazer fotinho, que nem se faz na escola no dia das mães, dos pais, dos avós, das crianças, dos namorados, enfim, uma exposição gratuita da sua vida privada e suas mazelas particulares que vc gostaria de deixar trancadas num baú.

E pra piorar, existe a equipe do "clima organizacional": uns pobres coitados que são convocados para ouvir os funcionários, saber do que reclamam, o que gostariam que fosse melhorado pra manter um bom ambiente na gerência. São eles quem organizam as festinhas, cafés da manhã, murais e, consequentemente, passam de mesa em mesa cobrando sua participação.

Desde que entrei, nunca pus foto. Nem de pai, nem de mãe, nem de criança, já que não tenho filho. Acho que pior era o dia dos namorados, já que estive praticamente sozinha e sem namorado desde que entrei aqui, há quase 4 anos.

Mas eles te cobram. E é um saco.

Ano passado, no dia das crianças, coloquei uma foto minha e do meu cachorro. É meu filho. Ninguém discutiu e ainda elogiaram o rapaz, que, modéstia parte, é o cachorro mais boa pinta que já vi.

Esse ano começou a moléstia novamente, pedindo foto do dia das mães. Escapei em 2008 e 2009 por causa das férias, mas fui cobrada na volta das férias para por a tal foto. Esse ano a cobrança começou na semana passada: esse ano tem que ter né?

Mãe é mãe mas eu nunca me dei bem com a minha. Não a considero um modelo a ser seguido em muitas coisas, muito embora admita que ela é uma pessoa muito honesta e correta (com os outros).

Nunca tive essa relação que filhas tem com mãe. Nunca fui de desabafar, me abrir, me aconselhar e, a única vez que fui pedir algo, ela me negou veementemente pois ela não queria, pouco se importando com o que eu queria. Na cabeça dela, criar o filho era dar café da manhã, almoço, lanche/janta, colocar na escola, eventualmente buscar e ver alguma coisa quando estava doente. Ajudar nas escola ela ajudava, mas nem sempre. Meu irmão demandava muita atenção pois não era inteligente como eu e eu, felizmente, sempre me virei. Não sei se era o que passava na cabeça dela, mas é o que eu sempre senti.

Quando precisei operar e passar uma noite no hospital, foi tanta reclamação do tipo, ah tenho tanta coisa pra fazer tô tão atolada que dispensei todo mundo e fiquei sozinha no hospital. E sem dormir. No dia seguinte, me buscaram, fui pra casa e logo depois eles saíram e me deixaram só. E foi assim durante quase todo o tempo de licença. Eu acho que o normal seria alguém ficar em casa comigo mas tudo bem.

Dia da cirurgia estava só novamente. Acordei com dor de coluna e nada, tive que eu mesma tomar providências: liguei pro meu acunpunturista, me enfiei num taxi e fui. Sozinha. Quando contei até acharam graça: ela se vira!

E as várias vezes que passei mal de noite, doente que ela dizia ser frescura? Viroses? Eu ia pro hospital de madrugada, passava a noite lá e saía de manhã cedo. E ainda recebia ligação perguntando se eu podia ir na padaria pra comprar pão. Chegar com o braço com adesivo de quem tomou injeção na veia, cheia de olheiras, arrasada e ninguém perguntar como foi sua noite ou desconfiar que você estava no hospital é o fim.

Eu tento fazer minha parte.

Depois que saí de casa acho que minha vida e meu relacionamento com minha mãe e meu pai evoluiu bastante. De motivo responsável por 90% do meu stress eles passaram a ser pais, ainda que distante. Conseguimos estabelecer uma relação de mútuo respeito, já que hoje eles aceitam e respeitam que eu sou independente e conseguimos estabelecer pequenas trocas e ajudas, mas não muitas. Eu ajudo quase sempre, a não ser que algo realmente me impeça. Eles quando dão na telha. Meu pai um pouco mais que minha mãe.

Como eles nunca lembravam de mim no meu aniversário ou natal e, quando lembravam, sempre erravam no presente, propus a troca: toma conta do meu cachorro nas minhas férias e já me considero presenteada. E funcionou.

Mas às vezes rola a má vontade: mesmo morando no mesmo prédio, não pode ir na minha casa ver algo ou levar meu cachorro porque está "cansada". Outras vezes faz, mas reclama. Mas está evoluindo. Aos poucos mas está.

Depois de anos eu posso dizer que tenho algum relacionamento com ela, mas longe de ser o que as pessoas tem e esperam. Mas eu já me conformei.

Mas voltando ao lance da foto, me aporrinharam essa semana e resolvi catar um diacho de uma foto. Pensei: escolho logo uma e guardo e ponho todo ano, talvez assim pare a aporrinhação. E cato logo uma do meu pai também.

Abro minha caixa com fotos e constato que praticamente não tenho fotos com meus pais.

Tenho uma foto, mas com os dois, na minha formatura. Algumas antes de 2001 mas estou horrível em todas elas e invariavelmente tem algum namorado junto (pois todos gostavam deles, afinal, meus namorados eles sempre souberam paparicar).

Tem várias no meu aniversário de 15 anos mas me recuso a postar isso, pois tenho ódio desse dia. Festa cafona, não era minha vontade e ainda queriam que eu ficasse acordada até tarde. um dia pra esquecer.

Peguei uma foto velha mesmo e trouxe e, é claro, quem viu estranhou e perguntou porque não tinha trazido uma foto nova.

Expliquei que não tiro fotos com minha mãe há muitos anos, já que a gente não se dá tão bem assim e não passamos muito tempo juntas.

Tenho dúvida que um dia a gente venha a se dar bem de verdade. Até porque muita coisa foi perdida, muitos laços não foram criados e agora, sinceramente, acho que é tarde demais. Além disso, ela é orgulhosa e pensa demais nela, só o que ela pensa tá certo e é bem inflexível. Certamente um pouco disso eu puxei dela, mas fazer o quê.

Por isso escolhi a foto antiga. Da época em que a gente ainda se entendia.


Olha eu aí. E ela.

Pra quem não tem esse tipo de problema ou neuras, um feliz dia das mães e curtam muito.

Wednesday, May 5, 2010

Escrava da cafeína: Round 2


Como é notório para quem me acompanha, sou viciada confessa de cafeína. No Rehab.

Pelo bem da saúde, consegui reduzir sensivelmente a quantidade de café que bebo a valores humanamente razoáveis e sem prejudicar minha rotina já que, ao contrário da maioria das pessoas, se eu não tomar café de noite, não durmo.

Recentemente, ante a mais problemas de saúde, mais remédios (cortisona e mais dois quilos na balança), fui intimada a mais uma vez diminuir o café. Ainda mais.

Pra não dizer que não me esforcei de jeito algum, comprei café descafeínado. Melitta. Até que não é ruim sabe? Tava usando ele de manhã e de tarde há quase um mês. E tomando o normal de noite.

E há duas semanas e já estou tendo problemas: eu até durmo mas acordo antes. 3, 4 da manhã. Moral da história: 8 da noite já estou bêbada de sono. Cansada e sem disposição.

Some-se a isto o fato de que, namorando, minha rotina mudo loucamente: ele não dorme antes da meia noite (nem o filho dele), ninguém acorda cedo, todo mundo janta (e eu se jantar durmo mal pacas) mas enfim, faz parte. A gente leva um tempo pra se adequar, jogar o namorado pela janela não vai resolver o problema (até porque ele ajuda em muitos outros).

Então comecei com o "básico": foi ao médico. Homeopata. Me encher de pozinhos e bolinhas e ouvir a clássica: você precisa se acalmar, você está mais ansiosa do que o habitual. E tentar readequar sua rotina.

Pois bem.

Comprei os pozinhos e já tomei.

Chamei o namorado e pedi um pouco de compreensão com a minha sonolência, com meus horários e pra não se ofender se eu não quiser jantar e ele entendeu perfeitamente (homem maravilhoso!).

E pra concluir, tomei uma xícara de café daquelas, como há muito tempo não tomava. E vou voltar a tomar o café normal e dane-se. Todo dia. 3 vezes. Se funcionar vou contar pra médica.