Monday, November 23, 2009

Irritando Mary: indiretas

Odeio indiretas. Com todas as minha forças.

Sabe aquela pessoa que tá do teu lado, sorrindo o dia inteiro e de repente solta, no papo na hora do almoço algo do tipo “ai, eu acho ridículo quem usa esmalte vermelho em meio de semana pra trabalhar”, sendo que você é a única na mesa que usa. E ela ainda tem a cara de pau de dizer “ai amiga, mas não é com você não ta? O seu vermelho é lindo! Ando perdendo a paciência com isso.

Eu sou uma reclamona por natureza, fato este que já deve ter sido percebido por todos vocês. Mas eu reclamo da MINHA vida, do MEU banco, de Murhy, dos meus pais ou de ex-namorado de coisas que eles estão carecas de saber e repetiria na frente deles a qualquer momento. Jamais outras pessoas. Eu reclamo na cara mesmo, falo.

Muitas vezes pode ser de grande utilidade pública para o mundo e pra própria pessoa, que pode ser poupada de muito aborrecimento desnecessário.

Por isso meu VTNC da semana será dedicado a quem não tem coragem de mostrar sua cara. Sai do armário!

Ninguém é obrigado a gostar de mim e eu não gosto de ninguém por favor. E também não gosto só de quem gosta de mim. Mesmo que muitos digam que sou idiota. Faz parte.

Guardar mágoas faz mal e causa câncer sabia?

Se algo em mim ou em qualquer pessoa te incomoda TANTO, que tal parara de mandar indireta entre pessoas que gostam de quem você não gosta? Que tal tomar vergonha na cara e ir dizer pessoalmente? Ou mandar um email? Ou não freqüentar mais o mesmo meio?

Muito mais digno que falar pelas costas.

Caso você tenha alguma reclamação, o email é a serventia da casa: marygarotatpm@gmail.com.

O resto do mundo agradece.

Por nada.

Mary

Disclaimer: nada pessoal contra nenhum leitor oficial ou potencial. Até onde eu sei ninguém me odeia, pelo menos de forma assumida. Mas ver tanta gente falando mal de outras pessoas pelas costas sem permitir que elas se defendam é dose.

Friday, November 6, 2009

Correção de Link: "Arnaldo Jabor": VTNC

Prezados,

Logo após publicar o último texto vi que, por motivos que desconheço, o link não estava funcionando.

Na dúvida, fui até o Migre.me, reduzi a URJ e repostei, agora funciona, OK?

Obrigada,

Mary

Irritando Mary: "Arnaldo Jabor": VTNC!


Prezados leitores,

Após de destilar meu ódio mortal aos idiotas que criam lendas e fazem com que incautos as façam circular na internet entupindo a minha, a sua, a nossa caixa postal, o alvo de minha revolta hoje é o “Arnaldo Jabor”. Não falo do Arnaldo Jabor, colunista famoso colunista que escreve em pencas de jornais por aí, esclarecendo desde já que nunca me interessei ou li qualquer texto ou livro dele.

Quem me irrita é o “Arnaldo Jabor”, entre aspas mesmo.

Um babaca qualquer que não tem nada melhor pra fazer, provavelmente um ser frustrado e medíocre e que, por não conseguir atenção ou público, traveste-se de “Arnaldo Jabor” e passou a escrever textos ridículos e idiotas e os joga na internet, divertindo-se às nossas custas e se achando o máximo pois um bando de pessoas lê, acha lindo (porque acha que foi o Arnaldo Jabor quem escreveu mesmo) e repassam as aludidas idiotices entupindo a minha, a sua, a nossa caixa postal.

Esse ser que eu chamo de “Arnaldo Jabor” deve se achar O psicólogo da auto ajuda e escreve textos voltados para pessoas normais, mas imperfeitas (a grande maioria), valorizando suas imperfeições ou, ainda, sugerindo conformidade com seus defeitos e com a vida que leva, uma verdadeira negação a quem quer evoluir.

O primeiro texto que li do Arnaldo Jabor, o verdadeiro, foi esse aqui, na internet, em que ele nega a autoria de todos os textos, bem como declara que não tem Twitter, Orkut, Blog e, ainda, se questiona como pode ser admirado pelo que teria de pior e amado pelo que não escreveu.

http://migre.me/aSvu


Não dá pra analisar o verdadeiro escritor através de um único texto, mas posso dizer que o estilo me pareceu diferente, ele não usa usa expressões “fofinhas” e é mais curto e grosso. Definitivamente não deve o idiota do “Arnaldo Jabor”.

Vejamos algumas “pérolas”

Que mulher perfeitinha não presta pra nada, que acha ridículo quem tem horror a gordurinha saltando pela lateral da calça.

Ok, acho ridícula a excessiva valorização da perfeição, mas se a idiota quer ser uma boneca viva deixa ela. Mas do jeito que escreve, é quase algo do tipo: ei fofinha, ei baranga: você é melhor do que ela! Vá comer o que você quiser e divirta-se. Perder seu tempo na academia por quê?

É por essas e outras que vejo muitas moças jovens dizerem: pra que ser magra agora se terei a eternidade inteira para ser um osso? E se entupindo de Mc Donalds e biscoito recheado. Será isso bonito?

Aí quando não arrumam um namorado e não entram no tamanho G do modelito bacaninha se entopem de remédio para emagrecer, viram bulímicas, depressivas, anoréxicas.

Quando essas mulheres ficarem velhas, cheias de problema de colesterol, hipertensão e diabetes, pra onde elas mandam a conta do médico, senhor “Arnaldo Jabor”? Criticar a imperfeição sim, mas cuidar do corpo é acima de tudo um ato de amor a sua saúde e é o que eu faço todos os dias.

Deixo claro que não sou gostosa, nunca fui, nunca serei. Nem pretendo. Malho todo dia porque curto, mas sem exageros. Regulo a minha alimentação, mas com ORIENTAÇÃO de uma nutricionista e como de tudo, buscando sempre o equilíbrio. E equilíbrio significa que pizza e Mc Donalds todo dia não dá. Baranga sim, mas com saúde!

Que a mulher deve valorizar o homem barrigudinho e sedentário que ele é muito melhor que o sarado que não bebe cerveja.

Ah claro...

No dia em que esses barrigudos sedentários e bebedores de cerveja começarem a procurar mulheres COMPATÍVEIS com o físico e os hábitos deles, eu concordo. Pois tem muita por aí reclamando que não acha namorado...

Esse é um dos textos mais ridículo.

Veja o caso do meu irmão: além de não ser bonito e não ter nada que chame a atenção é obeso, sedentário, pele horrível pois não cuida das espinhas e ficou sozinho durante ANOS porque achava que alguma mulher loura, magrela, gata e escultural ia dar pelota pra ele assim, “de graça”.

Depois de muito apanhar, aprendeu que isso não é tudo na vida e arrumou uma namorada. Linda, inteligente, super simpática, adorável, morena e acima do peso, como ele. Até mais do que ele merecia na minha opinião, pois ela é realmente uma mulher bonita.

Eu ralo pra caramba, sou uma pessoa ativa. O cara ter uma barriguinha não seria problema pra mim não, desde que o cara também se cuide, malhe, leve uma vida regrada. Mas atleta de sofá não dá! Jamais. Se não for do tipo que corre eu mesma ponho pra correr. Da minha vida.

Por isso digo às minhas amigas: não se conformem com pouco. ou quase nada Procurem alguém que no mínimo ofereça o que você tem a oferecer.

Relacionamento é uma troca, não Assistência social!!

Ficar com a pessoa que "sobrou"e sobrou transforma sua vida num prêmio de consolação pela sua existência. Eu prefiro ficar só.

Que infidelidade é natural do homem e que a mulher deve não só aceitá-la como fazer todas as vontades dele, pois é melhor tê-lo do lado feliz que assim ele pulará cerca uma vez ou outra...

VTNC!!! Ao quadrado!!

Recebi essa de uma amigona minha, que namorava um cafajeste. Terminou o namoro por suspeitar que ele não prestava (o que eu já tinha certeza) mas acabou voltando porque amava ele, casou, um ano depois engravidou, e, segundo ela, depois do filho sua vida mudou, ele é outro homem, sempre presente, carinhoso, atencioso. (Entre aspas: viu, valeu o que eu aguentei!)

Eu queria ter dito que, na verdade, ele mudou porque ele tá velho (43 anos) e cansado de putaria ou não quer mais gastar dinheiro com puta. Ele já morava sozinho e ter alguém pra dividir as contas é um ótimo negócio, principalmente quando você ganha mais que ele. Mas eu sou gentil, educada e nunca falo o que penso. Mas se ela perguntasse...

Me limitei a mandar o link com a reportagem em que ele negava a autoria de vários textos na internet.

Ou seja: depois de valorizar a mulher imperfeita, dizer pra ela não mudar e chutar o balde, comer o que quer, não malhar e aceitar o homem gordinho e sedentário você também tem que permitir que, de vez em quando, ele mate sua vontade de comer uma “gostosa”??

Pois é melhor dividir o filé do que roer osso sozinha???

Pois assim você fica casadinha, tem o maridinho todo o dia pra dormir com você e a pobre boneca magrela e gostosa vai ser a “usada” enquanto você tem todo o carinho, a atenção, os filhos, a família e as contas pagas...

Acorde para a vida amiga: se você permite a pulada de cerca você também está sendo usada. A não ser que vocês tenham um casamento aberto, todo mundo pula cerca e no final do dia está junto e feliz. Não é a minha mas é uma. Respeito. Mas mesmo nesse tipo de relacionamento dá pra ver que existe uma troca. Nem que seja de casais.

Como costumo dizer, ceder é algo perfeitamente saudável num relacionamento, mas a cessão tem que ser uma via de mão dupla, pois tem que ser bom pros dois. Quando só um cede isso é SUBMISSÃO, você se anula por alguém. E não, você não merece isso.

Acho que o homem tem todo o direito de querer ser galinha e comer todas as mulheres do mundo. Mas como costumamos dizer na faculdade, o direito do OUTRO termina aonde começa o MEU.

Portanto, ou procura uma mulher que esteja nem aí pra um relacionamento ou vai pagar uma puta. Sacanear mulheres bacanas e legais que querem um relacionamento é putaria. E eu não perdôo mesmo.

Antes só que mal acompanhada.

Que ser idiota é vital...

Pra ele ao menos deve ser. Vital que os outros sejam idiotas pra ler as asneiras que ele escreve, acreditar que foi o Arnaldo Jabor quem as escreveu e, por isso, achar lindo e sair mandando pra todo mundo. Só pode!!

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem...

Então vão te amar por quê, já que ser gostosa, magrinha e perfeitinha não é fundamental?

Era só o que me faltava!

Então, dando continuidade pela minha Campanha pelo foward consciente, toda vez que receber alguma pérola do “Arnaldo Jabor”, copie e manda o link da notícia em que ele nega a autoria, copia meu texto, mas faz qualquer coisa pra convencer o remetente de que ele está pagando um mico danado.

http://migre.me/aSvu

E ao “Arnaldo Jabor”, aqui vai meu recado: opinião é como bunda, cada um tem a sua.

Ou você mostra a sua ou fica na tua. Pois fazer cortesia com a bunda alheia é sacanagem.

Atenciosamente,

Mary

Thursday, November 5, 2009

Campanha: pelo foward consciente JÁ!!


Prezados amigos e leitores,

Depois de um longo sumiço, cá estou.

Estava conversando com um ex-cliente e hoje amigo, acerca de uma mensagem que ele me enviou. Não escrita por ele, que fique claro, mas repassada, onde se reclamava furiosamente “que as coisas boas nunca são reveladas à população”, no caso, uma lei que proibia hospitais de exigirem depósitos como condição para internações emergenciais. Uma lei de 2002...

Respondi a ele que, talvez, na cabeça de quem escreveu isso (o que deve ter ocorrido há muitos anos) fosse uma novidade, mas não era. E não digo isso como advogada, mas como cidadã que lê o jornal que assina, bem como o jornal alheio por cima do ombro de terceiro em coletivos e estava lá: Globo, Extra, Dia...

Ele alega ter plano de saúde e que isso nunca ocorreu ao mesmo ou a seus pais e aí respondo: se você tem plano de saúde, o email não te aplicaria. Se fosse aplicável, você certamente teria checado e não o fez, pois se tivesse, descobriria que não é nenhuma novidade.

Recebo milhares de mensagens todos os dias, no email profissional, no email particular, simplesmente repasso, pois pode ser útil. Querido amigo, isso não é ser útil, é ser inocente.

Conclamo a todos os amigos leitores que se disponham a fazer o seguinte: qualquer email repassado por terceiros que seja de seu interesse, CHEQUE. Ligue para o telefone, mande um email. Se a informação for verídica, repasse e coloque no alto da mensagem em letras garrafais:

CHECADO POR MIM EM XX/YY/ZZZZ.

Se for mentira, apague e avise a quem enviou SOMENTE.

É o que comecei a fazer depois da ÚNICA vez em que repassei sem pensar uma mensagem pois parecia realmente legítima.

A gente vê de tudo: desde coisas verdadeiras mas ABSURDAS (que nunca gerarão o impacto pretendido, somente nas pessoas desprovidas de cérebro), as verdadeiras mas RETARDADAS (objetivo era verdadeiro, mas já foi atendido e a mensagem continua circulando) e os chamados HOAX (mentiras escabrosas que todo mundo acredita e repassa).

Vejamos algumas espécies:

Pedidos de ajuda (sinceros)

Quem nunca recebeu o email sobre crianças desaparecidas ou pedindo doação de sangue (se não me engano tipo B) para um bebê internado num certo hospital rolou por aí durante mais de 5 anos. Uma pessoa me contou certa vez que ligou e o bebê já está bem e inclusive freqüentando a escola.

Não se pode culpar um pai que em desespero lança um pedido como este na internet. Mas antes de repassar, que custa ligar e confirmar se ainda é necessário.

E melhor: se for, que tal repassar apenas pra quem efetivamente pode ajudar? Se a criança está no Oiapoque não adianta repassar pra quem vive no Chuí, pois o banco de sangue não envia por sedex.

Dinheiro fácil

Nenhum dinheiro é fácil. As putas que o digam.


“Nokia e Sony Ericsson vão distribuir celulares”- Você acha mesmo? Já viu alguém que tenha ganho? Nem eu... Quem faz promoção de aparelho é a operadora de telefonia celular e ainda assim se você virar cliente.


“Seja beta-tester da AOL – repasse este email para ser rastreado e ganhe não sei quantos dólares” (BeSta-tester só se for). Ah e saiu na revista época. Se saiu, beleza, scanneia e coloca a página onde conste mês, ano e edição.


“Repasse pelo amor de Deus que a AOL doará 1 centavo para alguém”.

Numa boa: O QUE A AOL GANHARIA com esse tipo de atitude além de congestionamento no tráfego de mensagens? Aliás, a AOL ainda existe aqui no Brasil?


Aberrações Jurídicas


Na minha humilde opinião as piores (ou melhores).


Os que mais me matam de rir são aqueles desesperados com projetos de Lei verdadeiros, mas ABSURDOS e que NUNCA seriam aprovados (obviamente). Mas estes eu até perdôo a ignorância, pois vem o link do site do senado, está lá... só falta explicar que projeto de lei é PROJETO, não é LEI, logo, tem que ser votado.


Como por exemplo, o caso da “Poupança Fraterna” em que um Senador do PIAUI (olhe só de onde o cara vem e é médico se não me falha a memória), propõe que as pessoas só poderiam gastar 10 vezes o valor da renda per capita nacional (R$ 713,00 em 2003) e que o restante seria confiscado a título de empréstimo compulsório.


Realmente, lindo, digno e provavelmente compatível com a realidade do PIAUI onde ele vive, e onde R$ 7130,00 deve valer uma fortuna, mas inviável num Rio de Janeiro ou São Paulo da vida.

Ademais, considerando que juízes, delegados, senadores e deputados devem ganhar na faixa de 20 mil reais, será que isso iria passar?

***
Outra:

TODO cara revoltado com o presidente da situação repassa aquelas mensagens idiotas, tipo: VÃO ACABAR COM OS DIREITOS TRABALHISTAS! FÉRIAS, 13º SALÁRIO E FUNDO DE GARANTIA.


Se essas pessoas ao menos tivessem estudo direito, saberiam que pra excluir esses direitos não haveria um Projeto de Lei que conseguisse fazer isso: seria preciso criar uma NOVA constituição (o que dá um trabalho do cacete) ou, na pior das hipóteses, para alguns minoritários LOUCOS, um projeto de EMENDA a constituição para suprimi-los, o que seria inconstitucional.

Ah, você não é advogado, não tinha como saber? Pergunta pra qualquer estudante de direito com mais da metade da faculdade concluída que, se ele não tiver certeza, certamente vai pesquisar e aliviar seu desespero.

Eu sou uma mala. Sempre que recebo algo do tipo eu respondo a quem enviou e faço esta pessoa pensar. E faço isso mesmo. Se ela me manda besteira, vai ouvir. Um dia vai parar ou vai ter que continuar me aturando...

Como alguém que freqüenta a internet desde 1998, informo que esse email, originalmente, foi escrito em tempos do governo FHC e, depois, reeditado para escrever: o Presidente Lula vai tirar os seus direitos.

Pois para estas pessoas eu digo: a única pessoa que pode retirar os seus direitos, como estes pro exemplo, é VOCÊ mesmo, elegendo pulhas e patifes para o congresso, simplesmente porque atendem parcialmente a um interesse seu ou por participar de um partido com o qual você simpatiza, ou simplesmente porque você não tem saco de escolher e vota em branco ou vota na legenda.

Deputado, senador, vereador é o cara que você escolhe para falar por você, votar as leis que regulam a sua vida, criar, modificar ou extinguir os seus direitos.

Vote consciente ou não Reclame.

E por favor, não me repasse esses emails ta?

Se você recebe muito email pedindo ajuda ou fazendo campanhas que não tenham sido originadas por pessoas do seu círculo de amizades ou NÃO TEM TEMPO PRA LER ou CHECAR, simplesmente DELETE ou não repasse.

A probabilidade de você não estar ajudando alguém que realmente precisa existe, mas é ínfima perto da realidade que é você encher a caixa de mil pessoas com um email que não leva a nada.

Talvez assim, um dia, você receba muito menos emails e, por isso, tenha tempo de responder a todos e, todo mundo que realmente precisa de ajuda será ouvido.

E você não vai ter um quase-infarto com os emails que ameaçam cortar seus direitos trabalhistas, confiscar sua poupança, e por aí vai...

Se quiser repassar esse email, fique a vontade. Eu confirmo minha autoria.

Atenciosamente,

Mary

Thursday, August 13, 2009

Sinal de vida

Prezados, não foi desta vez ainda: Mary não morreu!

Tenho de fato estado ausente, mas muita coisa tem acontecido (e muita coisa tem me aborrecido também).

Pra resumir a ópera: muito trabalho (nos meus dois empregos), muitos casamentos e chás de bebê (consequentemente MUITA despesa), pouco tempo livre nos finais de semana para descansar.

O Cafajeste n.º 1 está desparecido há quase 90 dias, desde que me mandou mais um torpedo daqueles marotos perguntando se "eu ainda estava com raiva dele" e respondi que queria que ele morresse com todo o ódio peculiar cabível em minha pessoa.

Aproveitei ainda que no dia seguinte era aniversário dele e que ele some para entrar no orkut com meu email google (NÃO EU NÃO TENHO PERFIL) e deixar um recado malcriado reexplicando o torpedo anterior e informando que eu iria na delegacia de mulheres se recebesse qualquer notícia dele, por torpedo, email, sinal de fumaça, bilhetinho de papel.

Esse recado ficou ali, no ar por mais de 24 horas e todos os amigos dele que foram desejar "Feliz Aniversário" devem ter visto.

Já o Cafajeste n.º 2 - o retorno continua me rondando mesmo após um pé na bunda não reconhecido pelo mesmo e nesse meio tempo continuei minha vida. Ainda enche o saco mas cago e ando para ele.

A TPM continua, violenta, eu odeio ela mas ela me ama. Mas nosso caso de amor´e ódio tem seus dias contados: já conto os meses que faltam para a tão sonhada menopausa.

Engordei pacas e inchei horrores. 10 quilos desde o ano passado. 66kg péssimamente distribuídos por 1,67 que ainda não são suficientes sequer para me classificar como "acima do peso" segundo professores da academia e a nutricionista, mas que me fazem me sentir uma baleia obesa e que não me deixa fazer abdominais direito.

Mas é a vida e vou cuidar pra mandar isso pro espaço.

E at last, but not least, pra piorar tudo, resolvi entrevistar um ilustre candidato ao posto de homem da minha vida, achei o currículo bom, passamos para a dinâmica em dupla e achei que valia bem tentar um contrato de experiência. Que mal chegou à metade dos 45 dias regulamentares e praticamente já se comporta como se fosse por prazo indeterminado.

Então basicamente isso: o que mais tem tomado meu tempo é o Zé, qualquer coisa, reclamações, podem colocar a culpa nele.

Mas não pensem que estou me irritando menos por causa disso, continuo descontrolada como sempre, só que é bem mais difícil isso do lado de um cara que é praticamente o dobro da sua pessoa, não se aborrece com nada e está sempre sorrindo. Nem quando estou furiosa me xingando na frente do espelho por estar mais curvilínea do que antes por causa dos Kg recém adquiridos. E ainda diz que estou linda. Com brilho nos olhos. Eu mereço?

Esse é o Zé...

Quanto tiver algo melhor ou irritante, escrevo.

Atenciosamente,
Mary

Saturday, June 13, 2009

Rindo com Mary

Estavam marido e mulher tendo uma agradável DR no jantar.

O homem vira para a esposa e pergunta: onde está aquela mulher linda e gostosa com que me casei há 20 anos atrás?

E sua esposa responde: ué você esqueceu meu bem? Você comeu ela! Olha aí a sua barriga...


Friday, May 22, 2009

Agora é oficial!

Sim, eu tenho um Cafa2.

Depois que o dito cujo me pediu desculpas por email, me contactou e conversamos um pouco. Tentei ser gentil (!!) ao deixar claro que não queria tocar mais no assunto e que com o tempo as coisas se ajeitavam. E que não quero mais nada pois sei que ele não quer o mesmo que eu.

Ele está sabendo que eu vou viajar com amigos, que estou enrolada e que tenho mil coisas a fazer hoje, além de ter que dormir cedo pois eu vou dirigir.

Eis que chega o torpedo, inocente que só: Vamos sair hoje? Estou com saudades.

Mas eu não. Nem um pouquinho.

Não dá, eu respondo.

Bastou o Cafa1 na minha vida. Esse erro não repito mais, só espero que esse não seja surtado como o outro e vá ficar um ano inteiro atrás de mim.

Perdeu mané.

Cafajeste: você ainda vai aturar um!


É praticamente líquido e certo que toda mulher vai passar por pelo menos UM cafajeste em sua vida, nem que seja o homem de sua vida.

Eu fui feliz e ilesa durante anos, até que, depois do meu último namoro descobri que vivia num conto de fadas, era feliz e não sabia, pois TODOS os caras que passaram pela minha vida foram pessoas sérias e todos foram meus namorados. Algo insólito e incrível para ter acontecido em uma única vida, ao longo de 30 anos.

De lá para cá, me senti uma estranha no mundo, como as pessoas mudaram! As pessoas preferem ficar sós, estão egoístas, não querem companhia. Antes os homens eram carentes. Hoje estão no cio. Medo, muito medo! Ou então são inseguros: tomaram um pé na bunda e não sabem conviver com isso (Você pode fazer o mesmo comigo!).

Ou então se sentem diminuídos porque você, mulher, correu atrás, ficou independente, passou a rachar a conta como eles sempre sonharam e de repente eles descobriram que isso não era tão bom, que preferiam quando eles podiam bancá-la e com isso se sentiam "seguros" dentro da sua masculinidade, pois você dependia dele.

Fiquei só um bom tempo e, depois de razoável isolamento, tentei partir para outra mais foi flórida. Gente que não sabe o que quer (tô fora), gente insegura (tô fora), gente que não quer nada sério só curtir (tô fora), gente que só quer umazinha (TÔ FORA!!).

Até que aparece o primeiro cafajeste na sua vida (o qual chamarei de Cafa1). Do nada. Simpático, vem ganhando espaço na sua vida. Observa cada movimento seu, sabe o que você gosta, sabe o que falar, o que conversar, como te agradar. É um sofista. É super gentil e educado e faz de tudo pra você se sentir á vontade do lado dele. E faz você acreditar que é uma pessoa séria, procurando companhia simplesmente. E SABE como agradar uma mulher. Aí você cai de amores. Com o tempo começa a perceber que ele não está a fim de você como você dele e começa a acreditar que ele só quis te conquistar por um único motivo.

Aí aparecem as suas duas opções: ou você aceita e continua, vai curtindo e sonhando que um dia ele vai cair de amores e querer assumir você. Ou você simplesmente vira as costas e cai fora. Ou pode simplesmente mandá-lo à merda por ter sido ridículo e ter feito você ter perdido seu tempo e lhe proporcionado um desgaste emocional.

O problema é que quando você leva algumas semanas para descobrir que ele não presta, pode ser fatal. Você fica frágil. Sensível, chora. Aí cai na asneira de desabafar com suas amigas e elas lhe dizem: - Ai amiga mas você pode estar exagerando! Você nem deu a oportunidade dele se defender! Não tava bom, aproveita! Conquista ele!

Você pensa que isso é ridículo e não dá meia volta. Não vai correr atrás do palhaço. O problema é que ele corre atrás de você, fica à sua espreita, observa e quando te vê sensível e baixando a guarda ele ataca. E você cai. De novo. Afinal, ele vem todo carinhoso, "morreu de saudades e sentiu muito a sua falta". No fundo você sabe do que é que ele estava sentindo falta. Mas você estava frágio, carente, e estava gostando dele. E acaba cedendo e caindo. Sabe que está se enganando mas no fundo sonha que suas amigas podem estar certas.

Mas não estão.

Mais algumas semanas e você volta à triste realidade. Ele te vê quando quer e na hora que ele quer. E ainda exige que você estaja disponível. Fica puto se você tem outros compromissos. Se intromete na sua vida mas você não tem nenhum poder de barganha com ele. Você começa a sofrer e volta aquele dilema: insisto ou caio fora? Ou mando à merda com estilo? Terceira opção please.

Mas ele não desiste. Numa boa: o que se passa na mente doentia de Cafa1? O cara sabe agradar e conquistar e mulher que quiser. Pode enganar uma por semana. Por que a fixação em você? E ele continua...

Você cai mais uma vez, mas desta vez está consciente. Não sabe sinceramente o que está fazendo ali nem por que isso aconteceu, mas já não sucumbe às vontades dele. "Vou fazer ele pedir pra sair". Não pode sair hoje? Azar o seu. Hoje quem não pode sou, se não gostou come menos. Cafa1 fica nervosinho, fica putinho! Não gosta de ser contrariado!

Mas ele não sai do seu pé. A essa altura o sentimento já passou e você, mulher independente que não quer pegar sem se apegar, já abstraiu a atração que sente pelo dito cujo pois sem sentimento (nem que seja unilateralmente seu), não vai ser a mesma coisa então a coisa fica mais fácil para você, pois não vai mais cair na lábia dele. Já está curada e pronta pra abrir seu coração de novo. Mas o Cafa1 não sai do seu pé.

Ele começa a mandar emails e você faz regras para bloquear e deletar todas as mensagens. Bloqueia todos os canais de comunicação possíveis mas não troca os números de telefone, afinal, se ele insistir, você pode ir pra delegacia de mulheres e ter um telefone de onde possa pedir quebra de sigilo sempre pode ser útil. Como existe bina, você não atende as ligações e vive feliz!

Aí ele começa a mandar presentes. Cafa1 é ousado. Manda até presente de dias dos namorados. Tudo pro lixo com uma mensagem sarcástica: "Alguma mendiga baranga e pelancuda vai A-M-A-R seus presentes. Não ouse JAMAIS deixar nada na portaria do meu prédio". E avisa aos porteiros para não receber nada que não seja entregue pelos correios. Nem flores, nem pacotes, nada. No máximo documentos se eu avisar previamente que alguém passará lá.

Cafa1 definitavamente sai de seu coração mas não sa dua vida. Ele te persegue. Vira uma praga, uma maldição. Manda recados em seu celular e você ignora. É só deletar. Uma hora ele cansa.

Mas ele não cansa. Semana sim, semana não. 15 em 15 dias ele manda uma mensagem:

"Te vi passando na rua hoje. Você estava linda."

"Ainda sente raiva de mim?"

"Não consigo te esquecer. Sinto tanto a sua falta!"

Você sente uma vontade louca de dizer: "a recíproca não é verdadeira" mas você se controla. Ele está mendingando atenção e qualquer migalha vai acender o "animus cafajestis" que habita seu coração e ele vai intensificar os ataques.

Como costuma dizer Sally. Homem sente cheiro de homem e GOSTA.

Quando começa a aparecer alguém legal na sua vida e você está começando a se animar aparece um torpedo daquele infeliz. Você fica puta, com raiva, manda ele à merda e deleta.

E começa uma sequência dedesventuras em série na sua vida. Os caras legais se mostram babacas, infantis, inseguros e uma série de outros desadjetivos e você logo de desencanta. Se decepciona e se magoa.

O curioso é que SEMPRE que aparece alguém novo você recebe uma mensagem de Cafa1. Ele sente o cheiro, ele sabe. Mas como?? E invariavelmente depois que você recebe a mensagem sua vida amorosa desanda e o ilustre candidato comete alguma gafe ou pede pra sair.

Lembram aquele filme japonês ou chinês em que as pessoas recebem uma ligação no celular e o mesmo começa a tocar uma musiquinha estranha, igual de caixinha de música? Aí a pessoa atende o telefone e tem uma morte bizarra? Pois é. Qualquer semelhança é mera coincidência.

O torpedo sempre chega quando você conhece um cara legal e vai sair com ele e tudo desanda.

É a maldição.

Mas a vida segue, você é brasileira e não desiste NUNCA.

Mas chega uma hora que pensa, PQP, esse FDP não cansa?

Quase um ano depois Cafa1 não desiste. Nunca fica mais de um mês sem mandar uma gracinha.

Tem um carinha aí, chamando sua atenção há algumas semanas. Está sempre lá, procurando notícias suas. Te escreve, bate altos papos, você sempre na sua. Aí ele te chama para sair e você vai. Sai uma vez, duas. Não rola nada efetivamente, mas rola muito papo e você gosta: o cara não te ataca, quer ouvir você, quer falar dele, quer te conhecer. E você gosta de tudo que está ouvindo. Não segura nem a sua mão, mas fala olhando nos olhos, sorri. Parece ser um cara legal, bem resolvido, maduro e busca o mesmo que você: encontrar alguém legal!

Ele marca mais um encontro e nesse você já vai relaxada. Não vai ficar na defensiva, quer mais é deixar acontecer mesmo. Está gostando da companhia e já sonha: seria bom se desse certo!

Você está lá, na frente do espelho se arrumando pra sair. O rapaz já ligou N vezes ou mandou vários torpedos ao longo do dia para combinar aonde vão, o que vão fazer, que horas vocês saem, que horas ele te pega em casa. Chega mais um torpedo quase na hora de sair. Putz já chegou? Será que estou atrasada? Mas não, não é ele.

É Cafa1: "Oi! Tudo bem com você? Quanto tempo! Você ainda tem raiva de mim? Ainda sinto muita falta tua."

PQP ao triplo, C-A-R-A-L-É-O-S multiplos! Que raiva! O sangue ferve loucamente!!!

Quase UM ano desde a última vez que você viu o infeliz e ele ouviu a sua voz ou teve notícias suas. QUASE UM ANO e ele continua insistindo e liga justo num dia em que você está super feliz.

Vai desandar tudo é a primeira coisa que passa na minha cabeça mas não posso chorar ou vou borrar o rímel.

Respiro bem fundo e penso bem e tomo uma decisão bem séria. Respondo o torpedo:

"Estava tudo bem até receber sua mensagem, agora estou péssima. Você é retardado? Pode por gentileza IR PARA A PUTA QUE PARIU? ME ESQUECE PORRA! Não me escreva NUNCA mais ou eu vou para a delegacia reclamar de você."

SEND. Mensagem entregue.

Fico desolada, vai dar tudo errado, penso. Mas não posso desistir, não vou dar alegria ao Cafa1.

Acabo de me ajeitar e desço para encontrar o ilustre candidato e espero 10 minutos. Começa a ficar mal, ele não atrasou das outras vezes.

Entro no carro e noto um sorriso bem diferente na cara dele. Bem diferente das outras vezes. Me cumprimenta dando um tapinha na minha coxa. Como assim???

O papo não é tão agradável como antes. Solta uns palavrões, está bem mais à vontade do que eu gostaria. Começo a ficar um pouco decepcionada mas vamos embora, é só um jantar e um cinema.

A mulher relaxada descrita alguns parágrafos acima some e em seu lugar retorna a mulher tensa e com medo. Numa bobeada durante o filme o rapaz ataca... e você cai. Não é ruim, mas por algum motivo você não se sente à vontade. Reza para acabar logo, quer ir para casa descansar e esquecer, pode ser apenas nervoso por causa da aparição fantasmagórica de Cafa1.

Mas o rapaz gosta e pede para dar um volta, para conversar mais. Conversar é bom, talvez assim fique mais relaxada. Mas isso não acontece.

O rapaz até então gentil, doce e educado não é um cara carente ou um cara que está procurando alguém legal. É apenas mais um homem no cio e você é o objeto de desejo da vez.

Já calejada, na primeira pegada mais maliciosa você corta logo, diz que não é bem assim, que as coisas precisam ir com mais calma.

- Como assim, não tá gostando? Pra que se colocar freios?

- Eu não estou gostando, não é assim que a banda toca comigo.

- Pombas o que você quer afinal de contas?

- Eu queria conhecer alguém que eu acreditava que, como eu estava procurando alguém. Com calma obviamente. Um dia de cada vez.

- Ah isso não tem nada a ver. O que você estava esperando de mim? Eu nunca disse que era romântico. Estou mais para cafajeste...

- Cafajeste?!!!

- Calma, eu disse que estou mais para, o que não significa o que eu seja. Você sabe o que é um cafajeste? Não é algo de todo ruim.

- Ah é? Então me defina o que é um cafajeste.

- Ah isso não é assim, diz ele.

- Olha se você não tem uma definição, eu tenho uma: cafajeste é uma qualidade incompatível com o homem que tenha a intenção de fazer parte da minha vida.

- Você não sabe o que está dizendo...

- Como não? O que você quer? Você não procura alguém? Não se sente sozinho, não sente falta de uma companhia?

- Eu? Nem um pouco. Estou muito bem sozinho, diz ele. Já sofrim muito por um ano quando me separei (e o que eu tenho a ver com isso, penso).

O sangue ferve dentro de você...

- Como assim? Então pra que toda essa palhaçada? Pra que esse circo? Semanas me cantando pra sair sabendo que eu não sou de sair com qualquer um, que não procuro gente pra me divertir simplesmente, que eu gosto de poder me envolver? Por que eu se eu não sou o tipo de mulher que você quer?

- Nada a ver. Achei você bonita e pronto. Eu quis.

Além de tudo egoísta... isso dói, dói muito. Nunca odiei TANTO que me achassem bonita. Para mim já é sinônimo de más intenções.

A sorte dele foi que as lágrimas começaram a descer antes que eu conseguisse fechar todos os dedos das mãos. Saí do carro dele na hora, virei as costas e não olhei para trás. Cheguei em casa, desliguei os telefones, deletei todos os contatos que tinha dele e fui dormir. Tensa, nervosa, magoada.

E com dor... minutos depois a TPM deu sinal de vida. Esse cara não sabe a sorte que ele deu. Por pouco ele não teve o sue nariz deslocado para outra parte da cabeça.

Chorei muito no dia e no dia seguinte mas me recuperei. Não sei o que a Itália fez comigo, pois não consegui me revoltar com ninguém.

Um amigo, preocupado com meu estado veio conversar comigo e acabei contando tudo para ele e desabafando. Ele me consolou mas disse que eu não posso levar as coisas assim, tão a sério pois isso vai me fazer mal e que eu preciso confiar mais nos outros. E eu não mandei ele à merda, impressionante!

Me limitei a dizer que meus problemas eu vou resolver como sempre resolvi. Sozinha. É assim que curo minhas feridas. Terapia é pra quem não tem força de vontade. Eu tenho. Já superei coisas piores.

Vida que se segue.

Dia seguinte, de noite, uma amiga que pôs pilha para que eu saísse com o carinha me liga pra saber como foi, toda empolgada e jogo-lhe um balde de água fria e descrevo em detalhes o papelão que o amiguinho dela fez e ela fica chocada. E ele não pediu desculpas? Não, eu respondo. Nem um torpedo. nem uma ligação, nada. Eu é que não vou ligar.

Nessa hora penso no Cafa1. TUDO culpa dele. Só pode. Aí penso na vingança perfeita. Na véspera do aniversário dele.

Ele trabalha de noite, logo não costuma acessar internet tarde. Como tenho conta gmail, posso entrar no orkut. O dele está aberto, é possível deixar mensagens. Perto da meia noite deixo um recadinho:

"Olá. Apenas para o caso de você não ter entendido bem a minha mensagem, quero esclarecer que eu não quer nada de você, nem amizade, nem uma palavra nem ouvir a sua voz NUNCA mais. SOME da minha vida seu infeliz e vai viver a sua. Não quero ter notícias suas NUNCA mais. Não entre em contato mais comigo. Você só trouxe infelicidade pra minha vida e o que eu mais queria era esquecer que um dia conheci você. Ou vou tomar providências."

No dia do aniversário dele ele diz que fica "deprê", logo, não vai acessar o orkut. Mas todos os inocentes amigos dele que vão deixar recados certamente lerão. Até as 18:00 do dia seguinte o recado ainda estava lá. No dia seguinte já não estava. Ele leu o recado.

Nesse mesmo dia o "rapaz" me manda um email enorme, cheio de dedos, pedindo desculpas. Desculpas por não ter me levado a sério, sinceramente não acreditava que mulheres ainda agissem como eu, afinal, dar uns beijinhos ou ter algo casual não é nada de mais mas que me respeitava muito (aham), que nunca teria me forçado a nada (aham) e que agora me entendia (agora? aham). Pede desculpas e, se possível, que não o apague da minha vida. Que se eu quisesse um dia a gente podia tentar de novo, com mais calma e tal.

Respondo curta e grossa que aceito o pedido de desculpas, ainda que tardio, afinal, sou diferente mesmo. Mas quanto á parte final, melhor esquecer. Passando a mágoa, amizade é possível.

A vida segue, começo a me sentir melhor. Dias se passaram e Cafa1 não deu mais sinal de vida. Finalmente deve ter entendido o meu recado. Será?

Eis que recebo um torpedo e o sangue ferve. Será possível que esse babaca não se manca e terei que ir na delegacia mesmo? Não não é ele. O número de telefone é outro. É o cara.

"Oi menina! Tá podendo falar aí do trabalho? Me dá o tel daí, queria te ligar. Vontade de te dar uns beijos".

Penso em não responder mas mais tarde respondo: "Oi, não tinha visto sua mensagem. Estive em reunião o dia inteiro, estou bem enrolada."

Sem beijos.

Nessa mensagem reconheci o padrão comportamental de Cafa1 e desta vez não darei trela, pois vejo que um Cafa2 está prestes a nascer.

Pra mim chega. Um bastou.

Cafajeste nunca mais.

Wednesday, May 13, 2009

Murphy: tava demorando...


Pois é pessoal, acabou-se o que era doce e Mary está de volta ao batente.

E já estressada novamente, pois São Murphy acordou pra vida, viu que eu estava de férias e disse assim mesmo: ih, como assim? E acabou minha felicidade e serenidade... ao menos foi no último dia!

Na véspera da viagem voltei para Roma, para passar minha última noite perto da estação de trem que me levaria ao aeroporto. Na volta de meu último jantar, achei melhor passar na estação e comprar logo meu bilhete para o dia seguinte.

Meu vôo saía 09:35, o ideal seria chegar 07:35, já que meu check-in fechava as 08:45. Os trens demorava, cerca de meia hora e tinha duas opções: 06:52 ou dormir um pouquinho mais e pegar o de 07:22. Pelo sim pelo não, resolvi pegar o primeiro.

Como a estação ficava a EXATOS 5 minutos a pé, decidi que sairia 06:30, 22 minutos seriam maiss que suficientes para chegar lá, validar meu bilhete e me acomodar confortavelmente. E, ainda, comprar um sanduba e um nescafé nas maquininhas próximas à plataforma. E foi aí que Murphy resolveu acordar.

Tudo aconteceu conforme eu havia me programado: acordei, tomei banho, desci com a mala, mandei meus últimos emails. Despedi-me do staff do hostel, ainda sorridente e fui para a rua 06:30 em pontinho. Atravesse a calçada para pegar o outro lado, mais plano. A mala agarra e na hora que puxo... a roda termina de quebrar e ela passa bem em cima do meu pé. PQP que DOR!!!

Não sei se contei mas torci os dois pés em diversas situações. mas como nada abalaria meu humor, tava com Biofenac na bolsa e fui feliz. Mas agora meu tornozelo doía horrendamente. Algo duro da mala bateu bem naquele osso e ainda na canela e as lágrimas desceram.

Pela primeira vez em três semanas falei palavrões em altos brados no meio da rua, cagando e andando pelo fato de ser 06:30 da manhã e de as pessoas estarem dormindo. Até porque, estamos na Itália e aqui TODOS falam berrando. Você nunca sabe se duas pessoas estão realmente brigando ou conversando animadamente.

Me recompus, pus a filha da mãe na calçada e resolvi empurrá-la curvada, para usar os rodinhas menores ao invés das principais. Andava mas muito devagar.

Já estava suando frio e esgotada, pois os pés doem, tenho uma pesada mochila nas costas, uma bolsinha a tiracolo e uma sacola enorme com as massas, temperos, chocolates e demais coisas que comprei pra levar pra casa. Mais um tranco e a mala bate de novo em mim. Vou à lua e volto!

Devido puxá-la de costas para evitar mais choques nos meus pés. Um deles ainda lateja. tudo iria bem, até o momento em que acerto uma lata de lixo em cheio pois quando olhei, não vi. Pronto, agora as costas também doem!

Então contiuei arrastando, ora de frente, ora de lado, ora de costas, e muitas, muitas trombadas da maldita mala na minha canela ou no meu tornozelo.

Chego na estação de trem às 06:48, ou seja: levei 18 minutos pra fazer um percurso que normalmente faria em cinco minutos a pé e começo a voar, já que lá o chão é liso e a plataforma, hahaha, é a ÚLTIMA (são 25 ao todo) e fica do outro lado da estação. LINDO!

Fico imaginando o que seria de mim se tivesse que pegar as filas monstruosa para comprar o ticket a esta hora, nas maquininhas. Corro loucamente, atropelo minhas pernas mais uma vez e quando o trem está quase partindo desabo na frente dele!

O funcionário se aproxima pra me acudir, me ajuda a me levantar, a colocar minha mala dentro do trem e ele parte. Consegui!! Agora começo, calmamente, a procurar um lugar para sentar e infelizmente descubro que não estou no vagão com cadeiras duplas, mas naquele que tem cabines. Nem pensei, enfiei a mala no chão, entre duas cadeiras e pus as pernas em cima.

Tenho feridas em ambas, meus tornozelos estão inchados; ambas as canelas sangram e estão IMUNDAS de poeira, assim como minha sapatilha. Nunca me senti tão imunda na minha vida inteira. E faminta.

Mas agora tudo é festa! Em alguns minutos estarei no aeroporto, vou despachar todo esse peso, tomar um belo café da manhã e, em algumas horas, passarei um agradável dia ensolarado em Paris! Ou não?

Alguns minutos depois o trem para no que parece ser uma estação "Roma - Ostiense" mas ela parece vazia. Diferentemente das demais não há maquininhas de lanche e mendigos dormindo nas pistas. depois de alguns minutos parados vejo pessoas andando de um lado para o outro, gente pedindo por informações em todas as línguas possíveis, várias reclamações.

Aparece o funcionário da companhia avisando que o trem não vai sair dali mas não explica nada! Quebrou? Morreu? Faltou energia? Tem que ser muito doido pra dar uma notícia destas a uma turba que estava dentro de um trem cujo único destino é o aeroporto internacional ou seja, TODO MUNDO com hora marcada pra chegar.

Todos descem, andam de um lado pro outro, todos muito irritados, inclusive eu. E o diacho do funcionário nem pra dar uma informação direito. Quem sabe italiano e inglês tenta passar informações para acalmar os demais, até que ele explica que o trem seguinte, das 06:52 passaria ali em breve e tomaríamos o mesmo. Beleza, pegar um trem lotado e viajar em pé com uma mala pesada e mochila. Mas vamos relevar, já já isso acaba.

O trem das 06:52 saiu com atraso, também teve problemas e saiu era quase 07:30. Fica parado um bom tempo para embarque e acomodação de todos os passageitos, de sorte que chego na estação final 08:30 e tenho que sair VOANDO para o aeroporto e encontrar meu vôo.

Só que não há ninguém para ajudar: nenhum funcionário do aeroporto, nenhuma placa, nada. Começo a chorar diante de várias TVs com informações que não me dizem nada, até que um faxineiro chega e interpretando meu bilhete, me dá uma direção e saio correndo. 08:35, tenho 10 minutos.

Chego no terminal correto, vejo meu vôo. Mas cadê a porcaria do balcão da Air France? Só tem terminal da Alitália? Será que errei? PQP!!!! Entro em desespero mesmo! Corro de um lado pro outro e nada, até que um guarda, me vendo surtada, me para e tenta me acalmar enquanto explico que procuro o balcão da Air France.

Descubro que meu vôo é Code-share, que vou para Paris de Alitália e lá pego o avião da Air France para o Brasil e que posso fazer o check in qualquer balcão. PQP custava por isso na merda do bilhete? Ali constam dois vôos da Air France!

Chego no local e filas, mais filas. 6 minutos para terminar meu cehck in, pego a primeira pessoa pelo braço, mostro o bilhete e peço: me coloc apra dentro já!! Agora! Prego diz a moça, passo na frente de todos e faço o check-in no limite. E a moça do balcão ainda quer que eu leve a mochila dentro do avião.

Aviso logo: queridinha, tenho conexão de DOZE horas em paris, DOZE sabe o que é isso? Essa mochila pesa DEZ quilos e eut enho direito a DUAS bagagens de 32kg e eu vou despachar essa merda e ai de vocês se minha mochila estraviar ou se danificar!!! Em bom e alto Italiano recém aprendido.

Assustada ela vai lá dentro e volta com um saco plástico "Alitalia", me mostra sorridente e embrulha a mochila. Menina esperta! Entendeu o recadinho!

Pego meus bilhetes e vôo para a sala de embarque, no limite. Coloco os pés para dentro e imediatamente meu vôo é anunciado, corro para a fila de embarque com passaporte e cartão na mão. A atendente da Alitália me olha de cima a baixo mas eu tento manter a pose. Estou coberta de poeira e minhas mãos imundas e com sangue, afinal, não tive tempo pra nada. Não comi ainda.

Embarco e fico mais aliviada. Deixo as sacolas na minha poltrona e vou correndo pro banheiro me lavar. Sinto um certo alívio finalmente.

Chegando am Paris, tudo é festa. Pego um bilhete especial que vale um dia inteiro de transporte nos metrôes e em certos trens e me mando para Versailles. Ao por os pés na gare descubro que o dia não está ensolarada, mas cinzento, o que não combina em nada com a blusa estampada, colar de contas e calça capri mas OK. Ao menos não está tão frio. Talvez fique um pouco ridículo com a jaqueta de couro mas foda-se, tá na chuva...

As coisas parecem voltar a dar certo, quando desço na estação certa e logo em seguida chega o trem para Versailles. Desço na estação certa e constato que são 5 minutinhos a pé! São quase 13:00 e já estou faminta, por isso, nem discuto quando passo na frente do Mac Donalds, entro e mando pra dentro um mega sanduba em pão ciabatta com uma carne linda, dois tipos de queijo e recheado de mostrada à la ancienne... picante de lágrimas rolarem, muito bom!

Tudo isso com Coca Zero e batatinha nada light.

E vou para o Museu. Compro o bilhete mais em conta, já que não vou ter tempo nem saco de visitar os outros castelos. Só não avisam que pra ver os jardins tem que ter esse aí e eu me ferro... os jardins só podem ser visitados de graça após as 17:30.

Versailles não é tão grande, termino de visitar tudo e nem são 16:00. O tempo está fechando, começandoa cair uns pingos... eu é que não vou ficar esperando uma hora e meia. Dou só uma passadinha perto, tiro umas fotos e vou para Paris. Desço na estação pertinho da torre e lá está ela... impossível não se encantar e tirar um milhão de fotos! Não importa o tempo feio e os chuviscos.

Até que... minha máquina para de funcionar. Sim pára. Troco a bateria e ela nem pisca. Não é bateria. OK, sem estresse, tenho a outra máquina... só que ela também não está funcionando pois não abre! A pelicula que protege a lente não está abrindo!

Algumas tentativas depois, consigo abrir na marra e vejo que a mesma ainda tem no máximo 42 minutos de bateria. Opto pelo passeio de Bateau Mouche para tentar curtir e tirar umas fotos ao longo do sena e a bichinha dura...

Findo o passeio, resolvo ir ao Louvre, quero ver a pirâmida mais uma vez. Pergunto a N pessoas sobre a localização e se está aberto e todos indicam. Vou voando e pego o metrô, afinal, meu limite é 20:30 no metrô voltando pro aeroporto. Chego 20:20 no Louvre e... fechado! PQP! Raiva! Mas não posso perder tempo com piti.

Volto para o metrô, mais uma estação e desço na conexão para o trem que vai para o aeroporto. Chegando lá tem um parado no local onde deveria ser o mesmo, pergunto a um local e ele diz que não é... e era! Entro em desespero será possível??

Um rapaz indiano aparece, me vê nervosa e tento explicar o que aconteceu em francês e ele me mostra na TV, explicando o esquema dos trens: o próximo chega em 5 minutos e é direito, non-stop! Alegria, alegria! São quase 21:00, vai dar tempo! O trem chega, entro e ele começa a ir, tranquila. Tenho uma hora e alguns minutos para chegar com tranqulidade, pois meu vôo é as 23:20 e o check in já está feito: embarque começa 22:10.

Quando de repente, não mais que de repente... o trem para. Os auto falantes anunciam problemas, pedem a todos que se acalmem e não saiam dos trens. Ficamos 20 minutos parados e novamente se repete. São quase 21:40 e eu estou TENSA. O trem volta a andar, entra num túnel escuro e... para tudo de novo e ficamos sem luz. PQP, eu saio do Brasil pra ficar encalhada numa porcaria de trem Italiano e sem luz???

Tento me acalmar e respiro fundo, já que escândalo não resolve. Afinal o avião só decola 23:20, eles não são loucos de deixar um bando de pessoas presas num trem por quase duas horas! Quando estou no limite o trem volta a andar lentamente e não para mais. Irritantemente lento. Chegamos no aeroporto 22:00!

Felizmente no Charles de Gaulle a integração entre os trens e o aeroporto é mais evidente e me acho facilmente. Faço um lanchinho, compro uns últimso chocolates, me dou ao luxo de ficar meia horinha na internet. Meu embarque só termina mesmo 23:10, vou ficar em pé na fila feito otária para quê?

Entro no avião e meu lugar está lá me esperando e eu mortinha. Espero meu jantar pra dormir pois ainda estou faminta e a comida é ÓTIMA. Mais ainda quando vejo no cardápio que dali há pouco haverá champagne e Haagen Daaz à minha espera. Ou melhor, à espera da mendinga molambenta.

Cochilo e acordo no meio da noite e minhas pernas não se mexem! Por causa da posição, finalmente descobri o que pode vir a ser a síndrome da classe econômica: minhas pernas incharam, não consigo dobrá-las, não tenho mais tornoze-los e entrei em pânico! Fui ao banheiro e molhei as pernas, esfreguei as mesmas e elas não melhoravam.

Minha poltrona era de frente para a parede e, apesar de estar sozinha na fileira, os braços não levantavam, pois estas cadeiras tem a bandejinha embutida. Ento no chão para esticar as pernas e a aeromoça me convida a me levantar pois é perigoso, caso venhamos a enfrentar turbulência. Mais perigoso que ter as pernas amputadas ou morrer de trombose? Fala sério.

Me levanto, coloco as prnas na parede e me sinto numa daquelas posturas loucas de Yoga e nada funciona. Começo a caminhar mas estou MUITO cansada. Passo mais uma hora acordada, encontro uma posição mais ou menos e adormeço.. até ser acoprdada por volta das 4 da manhã com o café da manhã chegando e minhas pernas de volta ao normal.

O avião pousa, finalmente e vou voando pro Dutyfree ver minhas reservas, já que, sabendo como Murphy é, minha mala será das últimas... e é o que acontece.

Ainda tive que passar no guichê da Air France pra reclamar da mala. Vão consertar sem custos e, ainda, indenizar o cadeado e os potes de sal de frutas que sumiram na ida.

Sem contar a fila pra preeencher um papel idiota da Anvisa ou do Ministério da Saúde que não dá pra se chamar de triagem onde perguntam se vc teve febre ou sintomas de resfriado nos últimos dias e telefone de contato. Tudo por causa ta gripe suína.

E pra piorar... fila única pra declarar se há bens ou não na alfândega.

Pousei 05:45, só saí do aeroporto 08:00. Lindo não?

Cheguei no trabalho 09:40 sã e salva. E ainda deu tempo de desfazer boa parte das malas, entregar os presentes, separar os pedágios e me certificar que nada, nada quebrou ou se extraviou.

No final tudo deu certo.

Errado mesmo foi ter que voltar pro trabalho.

Shit.


Wednesday, May 6, 2009

Italiano: Ninguém merece!!

Meu bom humor continua.

Sera o fim do meu blog, me pergunto. Acho que perderei alguns leitores. Mas as férias estao acabando e, com elas, presumo que o meu mau humor volte, graças a Deus.

Cheguei em Sorrento ontem, ultima parte da viagem. Depois de muita correria, massas, pizza, gellatos, vinhos, um porre e varios novos amigos, todos invariavelmente novos demais mas super divertidos chego a Sorrento.

Cansada, depois de 4 horas de viagem, acho meu hostel, que mais parece um Resort, lindo perfeito mesmo. Eu recomendaria para uma lua de mel, ja que, alem de quartos coletivos tem quartos duplos e o lugare e INCRIVEL.

Pois bem, chego, faço check in, tomo uma bela chuveirada e saio, peço dicas para almoçar e me recomendam um restaurante, na saida da estaçao de trem e la vou eu. Charmosinho o lugar, bons preços, "El Leoni Rosso".

Chego, o garçon olha pra mim e eu olho pra ele, ai ele se manca e pergunta se estou esperando alguéem e digo que nao. Ele pede UM milhao de desculpas e volta correndo com o Menu e a cestinha de paes... ok, no Stress, tudo perfeito. Realmente é raro ver mulheres corajosas como eu, na Italia, sozinhas. Ainda mais aqui em Sorrento, que é uma cidade romantica.

Logo depois chega um outro garçon e pergunta se quero algo e peço azeite. Cacilda, Oil nao pode ser tao dificil de entender, ele vai la dentro e volta com o galheteiro, rapaz esperto, junto dois mais um.

Vem o garçon que me atendeu antes, peço minha massa, um vinho e ele volta com o pedido.

Ai me volta esse segundo garçon e começa a puxar papo! Pergunta de onde sou, e quando digo que sou brasileira sorri de orelha a orelha: I love Brasil! E começa a falar de Ronaldinho, de Kaka, fudeu... esculhambo eles todos logo e falo que a Marta e melhor que o Kaka. E ele vai atender a nova mesa.

Chega minha refeiçao, mal o garçon da minha mesa me serve, o outro volta e começa a puxar papo, perguntando se eu nao gostaria que ele me "ajudasse" a conhecer a cidade, se eu queria passear de scooter, que ele sai as 15hs... ai começo a sacar a dele e gentilmente declino, digo que esta tudo OK que posso me virar so e olho pro meu prato esfriando. Ele sorri e sai, UFA!

Minha massa e deliciosa! Dane-se o malinha mas eu volto aqui pra comer de novo SIM!

Termino a refeiçao, peço um cafe ao meu garçon e quem traz é o outro, o tal.

Ele insiste: tem certeza que nao, a gente podia sair pra beber algo e tal e eu digo que nao bebo, com a maior cara de pau do MUNDO e segurando minha taça de vinho. Da pra entender nao é? Ou Nao...

Peço a ele a conta mas ela nao vem. Quase 15 minutos se passam e o garçon da minha mesa vem e pergunta se quero algo. Digo que havia pedido a conta mas ainda nao tinha vindo. Ele pede mil desculpas, me oferece um Lemoncello e traz a conta.

Na hora que chega a maquininha do VISA vem o dito cujo, todo arrumatinho, cheiroso, penteado e com o capacete na mao. Safado, foi de proposito mesmo!!!

Agradeço gentilmente e sorrindo (gente como consigo), digo que prefiro me perder por ai, achar as coisas e começo a me levantar. So neste momento noto que eu era a UNICA pessoa almoçando sozinha no restaurante e que TODAS as outras estao olhando para mim.

Mas dane-se, ninguém mais vai me ver mesmo...

Sai correndo e desço a ruela à esquerda, buscando o centro da cidade, uma precinha MICRO onde tem tudo e vou ali procurar o posto de informaçoes turisticas la vem o dito, com sua scooter, para do lado e pergunta se quero carona... respiro fundo e vejo que o posto e do outro lado da rua, agradeço e fujo!! Entro na primeira ruela peadonal (so para pedestres, veiculos nao entram) e sumo da frente dele.

UFA!!

De fato eles sao terriveis, mas ainda assim nao consegui me sentir ofendida.

Admito, o cara era lindo, educado, bem vestido e tinha um sorriso daqueles de gelar por dentro. Melhor tomar cantada de garçon italiano que de pedreiro banguela ou playboy analfabeto.

Mas que a frase "eu tenho uma scooter" sou igual à maxima adolescente "eu tenho um carro (muito velho), ah soou.

Mas enfim, melhorser surda do que nao ouvir isso.

A viagem continua, segunda feira estou de volta.

Arrivederci!

Mary

Wednesday, April 29, 2009

Mary também é gente como a gente!

Prezados,

Perdoem o sumiço, mas como o nivel de stress atingiu limites perigosissimos tive que sair do ar e tirei féerias.

Antes de mais nada aviso que a eventual falta de acentuaçao é proposital. Estou na Italia e os filhos da mae nao tem todos os acentos no teclado. Eles tem até circunflexo mas nao funciona! Algum motivo deve haver mas, sinceramente, liguei do foda-se. Com estilo.

Eu poderia todos os motivos para me iritar mas por incrivel que pareça esta bem complicado.

Meu primeiro dia na Italia foi extra-oficial. Estava no sul da França, fiz uma excursao ate San Remo para visitar um marché (pior coisa que fiz na minha vida, minhas malas nao fecham desde o quarto dia de viagem) e tao logo ponho os pés em solo Italiano a primeira coisa que ouço é um Italiano praticamente gritar Che Bella, o que a mim soou como "gostosa" pra todo mundo ouvir.

Olhei INCREDULA para o filho da mae e o mesmo ficou super sem graça, acho que porque havia um senhor de idade me seguindo para quem ele pediu desculpas. Pelo menos os filhos da mae devem ter mae por aqui.

Tomei cantadas piores em Veneza e nao so sobrevivi como o autor da atitude ridicula. E ainda sai rindo!

Chutei o balde. Estou comendo tudo que quero, na hora que quero. Massa duas vezes ao dia. Paninis sem pensar. Leite? Hahaha!! Dois gelattos por dia e no minimo!!

E pra minha alegria nao estou engordando. Devo ter perdido um quilo, ja que as calças que chegaram aqui justinhas estao soltinhas. Onde ja se viu? E eu crente que voltaria para casa como uma Venus de Botticelli. Alias, acho que aqui eu seria uma Deusa...

Viajar sozinha nao é mal, posso arriscar dizer que pode ate ser melhor que viajar acompanhado, pois consigo fazer planos que nao fazia antes, ja que meu ritmo e diferente. Nao tive problemas nos hostels, fiz varios amigos e estou rindo diariamente.

Ate mesmo no dia em que quase me desesperei porque um dos Hostels nao era Hostel, era Bed and Breakfast, os donos da casa nao estavam. Sorte que um dos hospedes estava em casa e veio abrir a porta embrulhado na toalha. Europeu é um bicho estranho.

Ademais, onibus e trens nos horarios certos. Piso nas faixas de pedestres e os carros param. Gente educada, urbana, nada de malandragem. Isso sao ferias!! Estou ha exatos 11 dias sem me estressar, isso nunca me aconteceu antes. Nem em viagens anteriores e olha que perrengue sempre rola.

Varios amigos novo, me impressiono com a receptividade das pessoas aqui. falar ingles ajuda, se souber frances entao, isso pode abrir muitas portas.

Hostel e algo dos deuses. E simples, barato mas funciona. Nao sei porque ninguem repete cafe da manha mas eu repito e eles sorriem. Ate mesmo quando peço pra repetir o cafe, acho que bebida e a unica coisa que nao posso repetir.

Aqui, café expresso ée o que chamamos de curto, é UM dedo de cafe. Expresso Luongo é o equivalente ao nosso café e tem o café americano, equivalente àquela agua suja que eles bebem.

Expliquei à moça do refeitorio que aqui no Brasil o nosso expresso é como o expresso luongo deles, expresso curto é o que eles chamam de expresso normal. Café americano? Explico que no Brasil isso nao existe, talvez no Starbucks e ela morre de rir.

No final das contas, sou a unica aqui que bebe um expresso quadruplo. Em xicara de porcelana.

This is Sparta!

Bacci

Wednesday, April 15, 2009

Amizades virtuais: Reais


Amigo é coisa pra se guardar... onde mesmo?

Tive uma saudável DRA com minha melhor amiga (Discussão de Relacionamento Amizade) onde ela, típica amiga ciumenta, afirma reclama que "Twitter" é um antro de solidão.

De uns tempos para cá, virei habituée do twitter e ali reencontrei amigos de longa data como o Homem-mel e sua adorável esposa, que tenho o prazer de conhecer há mais de dez anos, Dos áureos tempos de BBS. Sem mencionar antigos conhecidos, com quem estreitei laços e novos amigos que fiz

BBS quem? Era o que eu mais ouvia. Todo mundo entende o que é internet mas ninguém consegue compreender o conceito de BBS. Pra mim BBS era como a internet de hoje, só que limitada a certo número de usuários. Podia-se banir os incovenientes. Bons tempos...

A época do BBS foi mágica para mim. Estava na faculdade e tudo era mais complicado, amigos morando muito longe, sonhos diferentes, culturas e programas diferentes e tal. Os amigos de escola se dispersaram, outros cursos outras patotas. Aí entrou o BBS em minha vida.

O que começou com uma mensagem através da conta do meu irmão, revoltada com uma mensagem machista em um dos fóruns fez com que eu quisesse, semanas depois, abrir minha própria conta!

Naquele tempo a internet ainda era discada, modem de 9.600kbps e por uma módica assinatura de R$ 29,90 tínhamos direito a UMA hora diária de acesso. Impensável para quem hoje em dia fica online quase o dia inteiro, seja no trabalho, seja em casa e até mesmo no celular.

O bacana mesmo era a troca de mensagens: conectava-se de manhã, de tarde e de noite e, utilizando-se de programas como Blue Wave e OLXwin, baixávamos os chamados pacotes de mensagens e podíamos ler e respondê-las offline, economizando os preciosos minutos diários. O restante? Havia um pífio chat online, divertidíssimo por sinal e arquivo para onde podíamos enviar programinhas úteis, textos, fotos.

Apesar de ter direito a apenas uma hora, o computador era um só, a confusão imensa ao ponto de o mesmo ter sido rachado (literalmente) entre eu e meu irmão e foi aí, em meados de 1997, que montei meu primeiro PC.

No início, RIAM, eu não tinha HD. Tinha um disquete com o básico para o computador ligar (autoexec.bat, command.com e um outro arquivo cujo nome não me lembro) e, a partir dali, usando um programa no mesmo disquete, baixava o pacote e respondia no mesmo disquete. Felicidade pouca é bobagem! Meses assim até meu padrinho me doar um HD de 500 Mb, que, aliás, ainda conservo lá em casa, com as fotos dos encontros do BBS.

O tempo se passou e o virtual passou para o real; feitas as amizades, passamos a interagir. Haviam encontros semanais, depois mensais, rodízios de pizza, praia, tudo era motivo para uma reunião da galera. Isso em tempos que praticamente não havia celular (meados de 1995-1998), poucos o tinham e o serviço, alem de precário, era caro.

Foi uma das melhores épocas da minha vida. Nunca fiz tantos amigos como no BBS. Muitas das pessoas com quem mais converso vieram de lá, até hoje. E olha que alguns deles não moram mais no Brasil. Tenho pouquíssimos amigos de escola ou de faculdade com quem mantenho laços tão estreitos. Amigos que fiz por aí então, nem se fala. Conto nos dedos.

Em meados de 1996, me lembro como se fosse hoje, o BBS começou sua migração para serviço de provedor de internet e começaram a “sortear” os acessos por uma fila de espera. Sim, era mais disputado do que linha da Telemar! Tinha sorteio! E aos poucos o BBS foi ficando vazio.

Creio que o antro foi desconectado do mundo em meados de 1998 ou 1999. Chegaram a manter os arquivos disponíveis através de telnet (acessando pela internet), eu mesma utilizei até meados de 2000, mas perdeu a graça. Perdeu a função de unir as pessoas. E o povo sumiu no mundo.

Muita gente não caiu no esquecimento graças ao ICQ. Como internet era novidade, quem não tinha passado pelo BBS não sabia dessas “novidades”, então, com um nome e sobrenome, às vezes um apelido, você conseguia encontrar os velhos amigos. Internet era “elitizada”, então, não havia aquela profusão de contas, fakes e gente desocupada; logo, era fácil achar alguém, mesmo os que tinham vários homônimos. Aí veio o MSN e o mundo começou a girar rápido demais.

Muitos se reencontraram no Orkut, no Facebook, mas confesso não tem o charme e o barato do BBS, não mesmo. Sua única função é ser um bom ponto de encontro de velhos conhecidos, mas quando mais a tecnologia avança, mais o ser humano fica ávido por fofoca e pela vida alheia, gente inescrupulosa fica querendo saber da sua vida, podendo até lhe querer mal. O que era pra ser diversão vira exposição. Você pode estar em perigo. Você está sendo vigiado!

E aí chegamos ao o twitter.

Eu estava no Blip há algum tempo, apresentado por um amigo. Mero conhecido na época do BBS, tive o prazer de reencontrá-lo no Facebook e ele me apresentou ao vício. Um site, com arquivos de música que você pode puxar, organizar numa playlist e até baixar com certos programas. Conheci o sistema de “reply” através do qual, quando você escrevia após uma @ o “nick” de uma certa pessoa, aquela música e sua mensagem eram transmitidas às pessoas. Fiz várias amizades lá.

E dali um belo dia me apresentaram o Twitter... um Blip sem música! Um “microblog” para alguns, onde você começa comentando algo, ao léu e aqueles que te “seguem” comentam em retorno. A partir dali, já vi de tudo: desabafos, pedidos de opinião, pesquisas, cantadas, até mesmo ajuda, procura de profissionais e, porque não, piadas!

E começaram os encontros... e me vi de volta ao mundo do BBS, só que, agora, muito mais dinâmico. Mais prático que um Messenger e sem piscar o tempo todo na sua cara as informações chegam, você faz triagem, responde, acompanha. Muito mais light, sem neura, sem pressão.

Depois do twitter meus finais de semana solitários acabaram.

Estou naquela fase em que todos os meus amigos vão casar, estão casando, acabaram de casar ou estão grávidos ou com filhos pequenos. O tempo encurta, a grana aperta. E eu no auge da vida, solteiríssima, cheia de energia, folgada financeiramente mas sem tempo e sem ter onde gastar.

Cansei de passar finais de semana em casa, às vezes jogada na cama vendo TV, a maior parte do tempo na internet. Perdi vários finais de semana de sol, exceto aqueles em que minha dileta amiga podia me acompanhar, afinal, dois empregos, um deles no esquema de plantão, nem sempre é possível. Pois quando era ela sempre deu um jeito.

Uma bela manhã estou lá twittando sobre o sol e decidi ir à praia! E homem-mel veio me acompanhar. Uma segunda vez marquei com uma amiga e ele veio também, rimos até dizer chega.

Algumas praias depois já estava convocando amigos do twitter que nunca tinha visto e que chamavam outros amigos... sabe aquele domingo que você não tem NADA pra fazer? Sempre rola um almoço. Um cinema. Barzinho. Até encontro só de mulherzinha já teve e DEU CERTO (olha que eu sempre achei que muita mulher junta não dá certo). Daí, Karaokê, fala-se em Paintball, até companhia para viagem arrumei. Isso tudo em cerca de 6 meses.

Eu me sinto renovada!

Os amigos antigos não deixam de ser amigos mas o melhor meio de me contactar há 10 anos pelo menos é a internet. Email NUNCA falha. Tenho contato mais freqüente com os amigos que usam a internet com habitualidade do que os demais. Telefone não é mais meio de contato, é o verdadeiro meio de recados e mensagens rápidas.

É claro que eles não ficam largados: ligo nos finais de semana, escrevo (eles respondem às vezes semanas depois). Aniversários sempre aviso, vou nos deles, nos encontros que eventualmente rolam. É maravilhoso mas eu preciso de mais.

Às vezes, de fato, quero ficar só, mas em geral, eu sinto falta de companhia.

Durante anos deixei de fazer muita coisa por não ter companheiro para a atividade; de uns anos para cá surtei e comecei a fazer tudo sozinha: cinema, teatro, futebol no maracanã, até viajar sozinha.

Louca? Louca eu era quando ficava em casa! Mas isso não supera a falta de amigos mais presentes.

Eu não acho que a internet seja lugar de gente solitária. Ninguém quer ser só, isso é fato.

Só que cada pessoa tem o seu jeito de preencher esse vazio, esta necessidade de companhia e atenção. Alguns gostam de conhecer gente na balada, na praia, em atividades esportivas, eventos. Outros preferem conhecer gente no mundo virtual e, se amizade se estreita, traz ela no mundo real. Eu acho até melhor pois você conhece de antemão quem realmente tem a ver com você, tem os mesmos gostos e interesses.

Minha amiga que me perdoe, mas se twitter for coisa de gente solitária, TODO programa é coisa de gente solitária, a partir do momento que você sai para conhecer gente.

Esta mesma pessoa conheceu um grande amigo meu, que foi quem nos apresentou através do ICQ. Foi grande freqüentadora da “linha cruzada”. Foi a primeira pessoa que me apresnetou um site de relacionamenos (vulgo PP).

Um dos meus grandes amigos é estrangeiro, mora na Europa, conheci através da FIDONET, ainda na época do BBS, meados de 1996. Mantivemos contato permanente por email, depois skype e no dia em que nos conhecemos pessoalmente, em uma de minhas viagens, agíamos com tanta naturalidade que quem nos via realmente acreditava que éramos amigos de anos e tínhamos uma grande amizade. Mas não entendiam como foi possível criar tal laço sem que a amizade fosse presencial.

Tem gente que não gosta de blog e diz que é porque não gosta de se expor. Acha ridículo.

Ora, quem acha que escrever em blog gera exposição, não deveria ter um Orkut aberto, com quinhentas fotos que qualquer pessoa pode ver, com trocentos recados enviados abertos ao público, mostrando comunidades que dão dicas do seu estilo de vida, locais que freqüenta, gostos e etc. Nesse mesmo lugar escreve sobre si, fala sobre o que espera de relacionamentos, primeiro encontro ideal... Nem freqüenta sites de relacionamento.

Se blog é exposição... o Orkut é como uma prostituta de microssaia e sem calcinha, se olhar você enxerga o ÚTERO. Por isso que Mary não tem orkut.

Acham estranho ver as pessoas nas fotos dos encontros twittando com celulares na mão. Saber que os outros fazem isso durante eventos. Uma vez me recriminou por estar lendo os meus twits pelo celular e tirando fotos para postar. Mas na última ocasião, quando me viu morrer de rir, ficou cheia de curiosidade.

Quanto ao Nick eu acho interessante e importante. Escrevo o blog para mim, amigos, eventual fãs. Não vou deixar rastros da minha vida para desconhecidos. Tenho o direito de reservar meus pensamentos a quem eu quiser. Acho que o anonimato preserva meu direito de reclamar e me revoltar com quem quer que seja. Até por que, macaca velha que sou, nunca dou nomes aos bois.

Basta dizer que uma amiga recentemente foi processada por um médico só porque comentou em seu blog sobre o PÉSSIMO atendimento que lhe foi prestado. O que ela fez foi um serviço de utilidade pública, alertando os demais mortais.

Se todos corremos para contar o que é bom, porque não podemos falar sobre o que não é? E me ENOJA saber que o juiz ignorou o prejuízo por ela sofrido em decorrência do mau atendimento e do sofrimento causado. Pois para ele, só deveria se manifestar sobre a violação da honra do médico. Desde quando pessoas como esta tem que ter a honra defendida?

Mas ele que aguarde, pois a prova que ele produziu contra minha amiga certamente será usada contra ele, em outro processo, por negligência médica. Vai pagar em dobro pelo que fez a ela, assim espero.

Mas enfim, concluindo:

Sinceramente, eu não sou mais solitária do que ela ou ninguém, pois estou sempre querendo fazer amigos, buscando companhia.

Solitário é aquele que, se sentindo só, nada faz para mudar e aceita sua solidão.

Não importa o meio para sair da solidão. Importa a atitude.

E você o que acha? Comente! Deixe sua opinião aqui, pois depois imprimirei e levarei para a dita amiga, só para irritá-la.

Você, meu leitor tímido ou que me manda emails ao invés de postar publicamente, me diga o que acha, como se sente. Conte suas experiência, histórias.

Se você quiser me irritar também, pode usar o email marygarotatpm@gmail.com ou me acompanhar pelo twitter, onde atendo pelo nick @marytpm.

***

DISCLAIMER: Eu não faço faculdade de psicologia, não conheço quem faça e nem pretendo fazer. Este texto, comentários e posts não serão utilizados em pesquisas e o direito autoral é e deverá ser sempre preservado.

Na pior das hipóteses não se esqueçam que eu sou advogada. Mexeu com meu leitor é processo!

Atenciosamente,

Mary

PS: Apenas um Adendo: para mim, Twitter, Facebook, chats. Orkut, sites de relacionamento tem o mesmo objetivo: aproximar pessoas. Fiz a alteração de "Internet" para "Twitter" pois ela disse que estava mentindo e sendo desonesta, portanto, alterei.

Mas isso de forma alguma altera o sentido.

Tuesday, April 14, 2009

Campanha: Salvem o Português!


Odeio assistir a verdadeiros assassinatos à língua, em plena luz do dia, principalmente quando tais pessoas tiveram estudo.

Preguiça?

Falta de atenção?

Já deve ter ficado bem claro para todos vocês, meus prezados leitores que eu tenho muita preocupação com a língua pátria.

Não sou um Aurélio ambulante, mas tenho consciência que escrevo bem, raramente erro alguma grafia, muito embora cometa alguns erros de digitação, coisa de quem tecla com pressa. Sou neurótica com vírgulas, pontos, com que minhas frases façam sentido.


Para um advogado decente, é o *MÍNIMO* na minha humilíssima opinião e, em tempos modernos, saber usar um computador, a segunda ferramenta do advogado (após o cérebro) é fundamental.

Gente, fala sério: um erro de digitação a gente tolera, uma vírgula esquecida. Mas como ignorar uma pessoa que se declara “baicharel” em direito?

Perdoem-me se pareço intolerante, mas se “baicharéis” e pessoas que escrevem “univercidade” não têm o meu respeito, o que dirá um juiz!

Gente que desconhece ponto, vírgula.

E não gosta de ler. Não quer ler as Leis, nem livros; Não quer ler o sequer regimento interno de um tribunal! Não entende que MARGEM é necessária para que a página possa ser FURADA e colocada no processo sem perder parte do que está escrito.

Gente que desconhece PARÁGRAFO para separar as idéias.

Gente que usa petição padrão, xerocada e preenche dados à caneta e ainda rasura.

Gente que grampeia 20 documentos em uma página e fica puta quando o pobre funcionário pede para desmembrar, observando o limite, e tal. Não, não dá!!


Pois vi uma pessoa que assim se descreve recentemente, no twitter. É melhor que não seja meu amigo ou me sentiria compelida a zoar diariamente. E eu sou mala, do tipo que se auto-corrige na hora, se chama de anta e por isso, acabo agindo da mesma forma com meus amigos, doa a quem doer. Melhor ser zoando e corrigido por um amigo que por estranhos. Já imaginou ser chamado à atenção por um juiz?

Eu que me importo volta e meio erro e não me conformo. Morro de raiva!! Esqueço vírgula, coloco um ponto onde caberia um ponto e vírgula. Me torturo. Já cheguei a pedir para corrigir em plena audiência.

Eu me envergonho! E olha que meus textos e peças como advogada foram elogiados várias vezes, não só pelo conhecimento mas, principalmente, pela linguagem adequada, correta, concisa.
Sem contar que freqüentemente corrijo os textos que publico aqui, no blog após a efetiva publicação sempre que acho erros.

É por isso que hoje estou criando uma campanha, SALVEM O PORTUGUÊS!

Não aceitamos doação em moeda, cartão, vale-refeição. Contribua com bom senso e distribua o seu a quem dele necessita.

Obrigada!

Aurélio e eu agradecemos.

Monday, April 13, 2009

Mary Irrita: não sabe brincar não brinca!


Estava lendo os post do twitter hoje e vejo um colega dizer: aqui no TRT da 10ª Região você tem que dar graças a Deus de que TEM computadores. Não sei se ele estava se referindo aos cartórios da justiça, às salas da OAB ou ambas.

Como diria esse amigo, ter um computador é um milagre. Eu acho que devia ser OBRIGAÇÃO de todos os fóruns manterem uma sala com alguns computadores funcionais. E ambiente wi-fi aberto para os que têm notebook, evitando, assim, superlotação destas salinhas.

Mas infelizmente não é a realidade. E, quando há uma sala decente para os advogados, não há gente qualificada para tomar conta e manter os mesmos funcionando adequadamente. Gente pronta para dizer NÃO aos abuso por parte de advogados que insistem em usar a internet para ficar navegando quando colegas querem usar, assim como outros tipos de atitude que inutilizam as máquinas.

Mas enfim, voltando às salas de advogados e aos computadores. Não me conformava com o fato de que em 2006, na sala dos advogados da Justiça Federal de uma certa cidade, numa rua que tem nome de país, a dita sala continha DUAS MÁQUINAS DE DATILOGRAFIA mecânicas e UMA máquina elétrica, aquela da IBM, com globinho.

É tão humilhante que dá vontade de fazer petição à mão, mas como uma vez fui despachar e um juiz muito fresco se RECUSOU a me receber, dizendo que se tinha sala da dos advogados eu deveria usá-la e trazer a petição datilografada.

Quando desci na dita sala foi que tomei ciência da situação descrita dois parágrafos acima. Como se tal não bastasse, a sala estava cheia de advogados bem velhinhos, que estavam ali fazendo sua social, tomando cafezinho e conversando com o funcionário responsável pela sala.

Olhei para as máquinas e voltei no tempo.

Em minha casa sempre houve máquina de datilografar.

Meu pai, contador, pediu a seu patrão que o mandasse embora para que pudesse levantar o FGTS e dar entrada num apartamento próprio. Logo após a dispensa, começou a série de crises da década de 80 detonadas pelos arrochos salariais, gatilhos, congelamentos de preço e as empresas pararam de contratar, nem seu chefe conseguiu fazer algo a respeito. Então, sem opção, começou a trabalhar em casa com a sua velha máquina, um cliente aqui outro ali, eu tinha uns 6 ou 7 anos de idade e era fascinada pelo barulhinho, as teclas resistentes e a mágica de ver o texto aparecer numa folha de papel com letras perfeitas.

Era meu sonho de consumo.

TODO trabalho da escola eu fazia na máquina, a ponto de minha mãe ser chamada à escola para ser censurada por permitir que eu datilografasse meus trabalhos; que eu tinha que escrever para fixar a caligrafia pois era muito jovem. MORRI DE RAIVA.

Moral da história: para aplacar meus ânimos, ganhei de presente a possibilidade de fazer o curso de datilografia na escola ainda na 3ª séria. Três aulas semanais de 45 minutos o qual cursei e fiz provas até a quarta série, quando a escola parou de oferecer.

Continuei praticando em casa, pois sempre acreditei que saber datilografar, ainda que não fosse com os cinco dedos era importante e que um dia seria de grande valia. Eu mesma, confesso, sempre trapaceei com o dedinho mindinho e nunca prejudicou a qualidade nem a velocidade com que escrevo. Muito tempo depois vieram as máquinas elétricas e meu pai comprou umaIBM. Um pouco mais leve mas um avião!

Mas foi quando chegou a época dos computadores logo vi que meu destino seria escrever muito.

Não compreendo como datilografia não é matéria obrigatória nas escolas. Que ensino de informática é este que incentiva navegação através de cliques? Tinham que ensinar datilografia, incentivar os alunos a escrever mais. Imagine só, aulas de redação e apenas UM texto por mês? Quando eu fazia curso de inglês era uma redação POR AULA, ou seja, duas ou três por semana!

Em 1984 eu era uma criança e tinha esta consciência. Como podiam os adultos daquela época, em especial advogados NÃO SABER datilografar? Já que a máquina de datilografar existe há pelo menos 100 anos (meu pai tinha uma Olivetti e constava que a empresa italiana atuava no mercado desde 1908).

Se naquela época empurravam com a barriga, hoje então... empurra-se o conhecimento universitário; faz-se uma inclusão digital que dá acesso mas não ensina caminhos, sem contar que, hoje em dia, quase toda atividade intelectual está condicionada ao registro, ou seja, à escrita e, conseqüentemente, exige-se a datilografia.

Pois bem, lá estou eu entre os velhinhos. Peço as folhas, sento na máquina e chega um deles e gentilmente vem explicar como coloca a folha, já que “pessoas tão jovens como você nunca viram uma máquina de datilografar".

Sorrio e informo que fiz curso de datilografia aos 8 anos e que tenho certificado de conclusão para comprovar. Ele se afasta, olha desconfiado, ri e aponta para o colega e senta, cruzando as pernas e esperando por algo que o faça rir.

Coloco a folha, seleciono a marcação de margens (mecânica pra quem não sabia que existe), coloco a folha, estalo os dedos e começo a datilografar... barulhentamente. Os velhinhos arregalam os olhos não só por causa do barulho, mas também por causa da velocidade com que meus dedos afundam as teclas, voltam e afundam de novo. Sem erros. A cada barulhinho que o tambor faz no trilho, retornando ao início vejo eles rangendo os dentes.

Em um minutinho faço uma petição perfeita, usando o carboninho para cópia, uma página inteira. Sem erros. O tal velhinho resmunga: exibida!

Faço questão de virar e responder: exibida não, eu treinei para isso. Eu não cheguei aqui me oferecendo pra ajudar alguém como se fosse a rainha da cocada preta. Eu não fico exultando meus conhecimentos nem contando “causos” em que eu “salvei meu cliente”. Muito menos demonstrando como consegui decorar um código. Eu simplesmente faço meu trabalho e sigo.

O velhinho me olha e antes que ele diga alto completo: antes que o senhor diga que eu devo respeitar sua idade, digo eu, respeite a minha.

Eu fiz faculdade igual ao senhor, só que levei cinco anos para me formar ao invés de três ou quatro, como na sua época. Passei por uma prova da OAB pela qual o senhor não passou, entrei para um mercado de trabalho com 20 vezes mais advogados que na sua época. Na sua época, um advogado recém formado ganhava MUITO bem e podia ter família. Eu tenho 30 e ainda moro na casa dos meus pais.

Escritórios exploram não só estagiários como recém formados. Você se imagina, na sua época, ganhando 2 salários mínimos que nem uma amiga minha? Acredito que o senhor também não saiba inglês, espanhol, não tenha noções de informática, pois é o mínimo que exigem hoje em dia para pagarem salários pífios. Aliás, salário não, pro-labore, pois a coisa esa tão feia que ninguém contrata. Aposto que o senhor também não gasta dinheiro com cursos e livros pra se atualizar, pois ouvi o senhor citando artigos de um Código Civil que já caducou há TRÊS ANOS.

Então meu senhor, o senhor é que me deve respeito. Sou jovem, mas minha vida não é mole. Eu tenho muito mais conhecimento que o senhor tinha ao sair da faculdade e é por causa de pessoas como o senhor que tem muito advogado bom por aí ganhando menos que porteiro!

Eu não desrespeitei o senhor, fui educada e gentil quando cheguei. Se o senhor ficasse na sua e não tivesse feito gracinha, querendo se exibir, não teria estaria ouvindo nada disso.

Então, não venha querer tirar onda de me ensinar como usar uma máquina de datilografar igual à que existe na minha casa desde que nasci e que uso desde os 6 anos de idade como se eu fosse uma retardada que eu JURO que nunca vou explicar ao senhor como se lê um andamento processual para acabar com sua diversão de vir à justiça toda semana para aumentar a fila numa vara cheia de processos só pra saber se andou o seu processo, que você sabe que não andou. Perguntar não faz processo andar. Está bem para o senhor??

Ele ficou mudo, voltou ao lugar dele sem conseguir dizer nada e eu me fui.

Na semana seguinte, precisei voltar e lá estavam os mesmos advogados. Fazendo social. Não falaram nada, mas eu fiz. Sentei na IBM elétrica. A única coisa mais irritante e barulhenta que uma Olivetti. Minha especialidade.

Thursday, April 9, 2009

Querido Coelhinho da Páscoa: me desculpa!



Pois é pessoal é isso aí...

Quase deu merda.


Quase mando o coelhinho da páscoa em cana!

Saí do trabalho ontem revoltada com a audácia do encosto em me mandar chocolate porque sim, só podia ser ele! Quem mais além do homem que um dia virou pra mim revoltado porque jogara um presente anônimo fora e diz: saiba que se um dia aparecer um presente em sua casa sem bilhete, é meu! teria coragem de fazer uma coisas dessa? E mandar pro meu trabalho ainda por cima?

Então, fiz o que tinha me prometido desde o natal; se ele voltasse a atacar, ia denunciá-lo na delegacia lá fui eu. No meio do caminho, olho para a Nota Fiscal e a etiqueta da caixa. Como assim não tem o nome do remetente? Nem um bilhete??

Foi aí que baixou o Sherlock Holmes em mim e captei num cantinho da Nota Fiscal um CPF... o criminoso deixara rastro! Liguei imediatamente pra uma amiga, pedi que entrasse no site da receita e jogasse o CPF e... não era o encosto. Era um amigo!!

Aí comecei a juntar os fatos, lembrando que havia comentado no twitter que não ligava pra páscoa, que não ia ganhar nada mesmo... e o coitado se comoveu. Mas filho da mãe, já tava fazendo surpresa, custava avisar?

Cheguei em casa e mandei uma mensagem agradecendo mas dizendo que deveria ter avisado... que por causa disso não tinha comido e a caixa foi saqueada. Hoje ele me escreve todo preocupado, coitado, pedindo desculpas.

Desculpas peço eu.

Sabem o que é pior? Ele PEDIU pra colocar cartão na encomenda e a Americans.com não colocou!

Perdi o único chocolate de páscoa até então por causa deles! Que RAIVA! Nunca mais compro nesses filhos da mãe, um desrespeito com o cliente!

Perguntei a ele se quer processar a Americans.com pelo susto que causou em mim e pela frustração do objetivo do presentinho.

Enfim, coelhinho da páscoa, me perdoe.

Espero que entenda minha revolta de ontem.

Wednesday, April 8, 2009

Irritando Mary: Supresas!!

Eu ODEIO supresas.

Sei que serei cruxificada por isso mas dane-se, é meu direito. ODEIO surpresas. Na verdade acho que ODEIO ser pega de surpresa. Não estar preparada.

Se isso já me irrita, imagine alguém, que você não sabe quem é, resolve te fazer uma "surpresa". Pode ser pior? SIM PODE. Quando esta pessoa resolve fazer uma surpresa no seu trabalho.

Trabalho numa grande empresa onde azaração rola solta, pro bem e pro mal. Muitos casais felizes, mas também muita baixaria rola por aqui e eu, como sempre, prefiro ficar alheia. Trabalho é trabalho, não quero me envolver com ninguém daqui não. Já até passou pela minha cabeça, confesso, mas depois de quase 3 anos observando, minha postura atual é: não, obrigada.

Na minha gerência só há mulheres. Oito. Jovens, na casa dos 30-35 anos. Todas bonitas, bem apessoadas, inteligentes isso obviamente chama atenção e, por isso, frequentemente somos alvo de assédios aqui no trabalho. Presentinhos inocentes, bilhetes, flores e até mesmo situações desagradáveis, como a de uma colega, noiva e prestes a casar que está sendo perseguida vorzamente por um "ser" que habita nosso andar. E daqueles super sem noção, pois NUNCA uma mulher como ela daria mole para um cara como ele. Nem que fosse o último do mundo. Nem por caridade.

Eu mesma já fui objeto de assédio por parte de algums pessoas, mas com minha peculiar grosseria consigo despachá-los com desenvoltura. Tipo, pegar flores recebidas e deixá-las esmagadas com um bilhete escrito NO WAY na mesa de um deles foi bem eficaz. O aludido ser não olha mais nos meus olhos graças a Deus. Evita entrar no elevador quando estou dentro. Melhor assim para ambos.

Eu desconfio de quem se esconde e de supostos admiradores secretos. Não gosto de homem sensível, frouxo, tímido, seja lá qual for o adjetivo que vocês entendam mais adequado. Não gosto, não adianta. Quem se esconde ou se acha feio ou é comprometido e não tem vergonha na cara. Para ambos, só lamento.

Beleza não é fundamental, mas auto estima é. Se o cara se acha feio e não se cuida, lamento. Não sou linda mas me cuido e quero alguém com a mesma filosofia. Se é comprometido, quero mais que se exploda, Se se revelar, mando tudo pra casa dele para que a esposa/noiva/namorada analise e faça o que entender melhor.

Pois hoje cá estou num dia estranho.

O maníaco que habitualmente assedia minha colega de baia está calmo, mas o nosso gerente está lidando diretamente com o dele. Ela vai dar queixa na delegacia.

Uma outra colega minha recebeu hoje um telefonema da portaria dizendo que tinha uma encomenda no nome dela, mas como não tinha o sobrenome de casada, recusou, já que o marido disse que não foi ele.

Estou chegando do almoço e tem uma CAIXA na minha cadeira e minhas amigas em polvorosa. Mary você recebeu uma caixa! É um admirador?? Um gatinho? Até que enfim! (Vontade de enfiar a porrada na cara sorridente dela).

Sim estou vendo que tem uma caixa na minha mesa. Mas a pergunta correta é: QUEM RECEBEU ESTA MERDA???

Sem graça, o rapaz do protocolo do andar disse que tinha chegado e pôs na minha cadeira. E começam as gracinhas: aê Mary, admirador secreto! Admirador secreto o C-A-R-A-L-É-O. Não vou ficar com esta merda. E elas ficam revoltadas!

Não pedi nada e se a pessoa que mandou não se dignou a se identificar, não vou nem abrir.

Vejo que tem uma Nota Fiscal. É de loja de internet. Ligo para lá e... surpresa, eles não podem informar! Não tem cartão, nem nada. Querem abrir? Abram!

Uma caixa de chocolate. Nenhum bilhete.

Provavelmente algum gaiato que me ouviu dizer que não estava empolgada com a páscoa pois não ia ganhar nada mesmo. Meus pais não estão nem aí, não ligavam pra comprar nem quando eu era pequena. Não tenho família aqui no Rio, nem sobrinhos, nem namorado, ficante. Também não estou aceitando currículo.

Agora me expor no trabalho é demais. Não me orgulho nada com isso.

Entreguei a caixa a elas e disse, se quiserem comam, e elas avidamente atacaram. Não peguei nenhum. Ficaram surpresas.

O mundo é cheio de pessoas loucas. Uma vez, quando estava num vai e volta com uma pessoa cujo nome não vale sequer ser lembrado uma amiga me levou a uma cartomante e ela falou dele e me disse: cuidado com o que ele te oferecer de comer. Ele está fazendo de tudo pra te prender! Ele vai fazer algum encanto com comida e vai te dar algo de presente. NÃO ACEITE.

Como estava afastada e sem a mínima vontade de reatar, ignorei. Eis que no dia seguinte ele não me deixa uma caixa de bombons na portaria do meu prédio? Caríssimos provavelmente, mas não estava lacrada. Tudo pro lixo.

A pessoa que fez a graça ainda não se manifestou.

Se era admirador já era. Conquistou minha desadmiração.

Se for amigo vai apanhar. Custa mandar um bilhete?

Se for ex, vai parar na delegacia. Tô com a Nota Fiscal e a caixa guardadinhos. Ele que me aguarde.