E Mary voltou, para alegria de poucos, terror de muitos. E infelizmente voltei com a corda toda.
As férias foram legais, mas não como as do ano passado. Ainda não consigo dormir direito, mas mais do que estava dormindo aqui, com direito a umas cochiladinhas no carro. Como já estava estressada, acabei me estressando com algumas babaquices e descontando no meu pobre namorado, que suportou tudo com bastante paciência. E consegui engordar mais um quilo e meio: Mary está na linah de tiro agora entre a obesidade e o peso saudável (e ainda por cima proibida de malhar e com disposição ZERO para dieta).
Chego ao meu Brasil brasileiro praticamente de madrugada, mas 08:00 já estou em casa, com meus pais, café da manhã tomado e me arrumando pra ir trabalhar. Mas não sem antes checar a casa e algumas providências e aí começa o pesadelo:
1. Apesar dos meus avisos para NÃO abrir a persiana pois ela estava estragada, minha empregada abriu a mesma e ainda ferrou de vez a cordinha. "Mas Mary, ela estava funcionando, abriu direitinho", diz ela. O problema é que ela abre as persianas mas nunca fecha, quem fecha sou eu, logo, nunca repara...
2. Deixou cair um de meus ímãs de geladeira. Ao invés de catar os pedaços e guardar para mim, conforme já orientei várias vezes, ela me resolve colar - e errado.
3. Encontro minha caixa do anticoncepcional caríssimo (pra mim 50 reau é um dinheirão) que tem que ficar dentro da geladeira do lado de FORA da geladeira E
4. Não acho em lugar algum o pedido do maldito exame que terei que fazer no dia seguinte. Que está marcado com 30 dias de antecedência. E minha médica está de férias.
5. A mãe do meu namorado está internada num hospital de merda que está enrolando para transferi-la ou dar alta.
O que fazer? Chorar? Xingar? Destrir tudo?
Fiz de tudo um pouco: xinguei, chorei, acabei rasgando a meia calça. Revirei a casa TODA procurando a merda do pedido de exame - ou seja, toda a faxina dela foi pelos ares - e nada. Pra piorar, quando desisti, fui calçar meu sapato novinho e... a fivela quebra.
Pra completar, uma hora e meia atrasada para o trabalho. Mandei o calmante pra dentro, sequei a cara e fui.
O que era ´pra ser uma manhã agradável, de comentar a volta das férias foi uma merda. Passei muda, sem sorrir, sem conseguir contar um ai. nem consegui almoçar. Fui pra casa na hora do almoço, decidida a por a casa abaixo se preciso fosse para achar a merda do papel.
Um pouco mais lúcida, reparo que ela andou organizando a casa mais do que devia: tirou todos os livros de direito de uma das prateleiras para encher de "enfeites". Mudou meus copos de lugar, pôs louça nova para fora, mudou meus chinelos de lugar. Sem contar que minha braçadeira do celular e meu relógio de corrida não estavam nho balcão de sempre, onde eu orientei para deixar pois eu uso diariamente.
Ela é maravilhosa, caprichosa, deixa a casa um brinco em cheirosa, mas é pró-ativa demais e acaba fazendo besteira, pois, no final, eu desarrumo a casa INTEIRA pra achar um grampo se ele não estiver no lugar.
No fim das contas, ao guardar algumas contas na caixa de contas reparo que ali estão várias coisas que não deviam e um saco...sendo que ela tem mania de juntar coisas que não sabe onde ficam e por em sacos e... BINGO, achei a merda do pedido! Foi um alívio imenso!
Voltei para o trabalho mais leve, levei o chocolate de presente para minhas colegas, virei um doce. De noite, voltei pra casa e comecei a reorganizar tudo e fazer uma lista de itens desaparecidos para minha empregada procurar. Dia pós-faxina é praticamente uma caça ao tesouro.
E arrumar a mala para amanhã, dia de fazer exame bizarro, pernoitando numa clínica no reino tão, tão distante da Barra da Tijuca.
Fui.
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