Wednesday, March 25, 2009

No Divã com Mary


Participei de uma promoção em um site quase homônimo do meu, ou melhor dizendo, do qual o meu sem querer querendo é quase homônimo e fui ver a pré-estréia do filme “Divã”, estrelado pela Lília Cabral. Mais uma das agradáveis surpresas do cinema nacional.

Inicialmente gostaria de consignar que Lília Cabral, que sempre admirei como atriz de novelas (pano rápido) é de fato uma ótima atriz e uma SIMPATIA digna de nota. Foi à frente das cadeiras, agradeceu nossa presença.

Enfim, as luzes se apagaram o filme transcorre.

Se você quer a surpresa de ver o filme, pare aqui. Se você é como eu, que não ta nem aí e vá ver de qualquer jeito, continue por sua própria conta e risco.


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O tema é deveras interessante. Mercedes, mulher na casa dos quarenta anos (mais pra cinqüenta eu chutaria) resolve fazer análise. Casada, com José Mayer (como ainda insistem nesse cara como galã, razoavelmente bem resolvida, leva a vida de forma descomplicada. Tem dois filhos adolescentes (que não tem nomes, nem nos créditos aparecem, #FAIL), leva uma vida que considera perfeita.

Chega ao consultório do enigmático Dr. Lopes sem saber o que falar, o que dizer, sem ter um problema para discutir. Ela quer mais conversar. Ou achar problema onde não existe. Já dizia um grande mestre meu: cabeça vazia, oficina do Diabo.

Começa falando da vida, de seu casamento, de sua grande amiga de fatos pontuais de sua vida. O “Lopes” nada fala, uma verdadeira imagem caricata do analista que só falta dormir enquanto o paciente tagarela.

Ela praticamente fala de seu dia a dia a cada seção. Nunca reclama de nada, nunca acha que tem problemas até que dribla com razoável maturidade alguns problemas da vida e ignora outros.

Até que o dia em que duas ligações restritas no celular do marido e uma resposta de “atendo no quarto mais tarde” ela supõe uma traição, fica por isso, não mostra detalhes, ela simplesmente aceita e deixa quieto. “Faz parte”. E o terapeuta? Nada! Ela tira as conclusões sozinhas!

Daí a trama desenrola. Surgem os problemas que ela não tinha. Mas nem sempre ela se convence que são problemas. Arruma um caso com o Gianecchini e leva o cinema aos suspiros.

Detalhe para a cena em que ele diz que todo mundo acha que ele é gay, pois beirando os 40 ainda não casou nem tem namorada fixa. Aham. Cinema inteiro rindo.

E depois ela ainda pega o Cauã Reymond. A cena do banheiro é IM-PA-GÁ-VEL.
Os diálogos com a amiga, a atriz Alexandra Richter são hilários, eu soluçava de rir. A legítima loura mãe de família ciumenta, possessiva e perua, um show a parte do início até o final. Nem mesmo alguns fatos ocorridos no cinema (como um rapaz colando chiclete embaixo da cadeira e cuspindo sem querer de tanto rir na poltrona da frente) conseguiram me tiraram do sério.

Um filme divertido, muitas gargalhadas garantias.

Moral há história?

Não façam terapia. É o melhor de jeito de conseguir os problemas que você ainda não tem.

E ainda tem gente que não me entende...

Mary

3 comments:

  1. Oi, Mary!


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    Contatos para dúvidas:

    Daiana Boldrini – daiana@franceschini.com.br
    Flávia Ayres- Flavia@franceschini.com.br
    Telefone para contato: 5099-6550

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  2. Gente, acho que vou adorar esse filme! Sim, quando estava na TERAPIA ficava mais maluca e me enchia de MAIS problemas. Aff! Chegaaaaaa!

    O cinema brasileiro está cada vez melhor, sinceramente.

    E José Mayer (como ainda insistem nesse cara como galã)[2] hahahaha ME POUPE!

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  3. Vá sim, Zíngara, vá.

    Acho que quem já fez terapia vai se achar no filme e vai tomar vergonha na cara pra nunca mais fazer.

    E quem nunca fez talvez mude seu modo de ver o mundo e a vida, quem sabe passem a reclamar menos.

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